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Agência da ONU diz que perdeu 57 funcionários em ataques em Gaza

Em declarações à imprensa em Jerusalém, o comissário-geral da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, disse que 57 funcionários da agência morreram em Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas em 7 de outubro.

O que aconteceu

A ONU afirmou também que Gaza precisa de ajuda humanitária "significativa e contínua", depois de quase três semanas de bombardeios israelenses no território palestino submetido a um cerco total.

Hoje, a organização confirmou ter recebido do Ministério da Saúde de Gaza uma lista completa que aponta mais de 7 mil vítimas na região, com nomes e detalhes. O documento conta com 212 páginas. A ONU também afirma que, neste momento, está "confiando" nessa conta, enquanto a OMS chama o debate aberto sobre a credibilidade dos números de "cínico".

Para a ONU, tanto a "punição coletiva" cometida por Israel contra os palestinos quanto a tomada de reféns israelenses por parte do Hamas são "crimes de guerra".

A punição coletiva é um crime de guerra. A punição coletiva de Israel contra toda a população de Gaza deve cessar imediatamente. O uso de linguagem desumanizadora contra os palestinos também deve ser interrompido.
Ravina Shamdasani, porta-voz da ONU para Direitos Humanos

Recentemente, Israel entrou em embate direto com a ONU ao acusar o órgão de não se solidarizar com as vítimas israelenses do Hamas. Na terça-feira (4), Israel pediu a renúncia do chefe da ONU e anunciou que não daria mais vistos a funcionários da ONU.

A atitude de Israel foi repudiada por uma dezena de países, incluindo o Brasil. Governos europeus e de outras partes do mundo emitiram declarações de solidariedade ao secretário-geral.

António Guterres se manifestou e disse estar "chocado" com as "interpretações erradas" de sua fala. "Isso é falso. Foi exatamente o contrário", garantiu o secretário. Ele lembrou que, em seu discurso, afirmou que condenou "inequivocamente os horríveis e sem precedentes atos de terror de 7 de outubro do Hamas em Israel".

*Com AFP

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