Israel em guerra hoje (6/11): Veja novas notícias da Faixa de Gaza e vídeos

A guerra em Israel contra o Hamas completou um mês nesta segunda-feira (6), marcado por uma tensão crescente pela possibilidade do conflito se expandir para outros países do Oriente Médio. Autoridades libanesas acusam o exército israelense de ser o responsável pela morte de três crianças e a avó deles após atacarem o veículo da família, no sul do Líbano. Israel, por sua vez, acusa o Hezbollah de matar um cidadão israelense.

Pelo menos 10.022 palestinos foram mortos, incluindo 4.104 crianças, em ataques israelenses na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, diz o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas.

Tensão com outros países

O Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã, disse que respondeu ao ataque israelense, no qual três meninas com idades entre 10 e 14 anos foram mortas, disparando foguetes contra a cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel. A avó delas também foi morta e a mãe ficou ferida. Imagens transmitidas pela al-Mayadeen mostraram a equipe de resgate retirando uma das vítimas do veículo ainda em chamas.

Israel e o Hezbollah estão em confronto na fronteira desde o início da guerra contra o Hamas em outubro. No domingo (5), um israelense foi morto em um ataque do Hezbollah e as Forças de Defesa de Israel interceptaram um drone vindo do Líbano. Um míssil antitanque atingiu a área de Yiftah, no norte de Israel.

Operação israelense

As Forças de Defesa de Israel invadiram um complexo do Hamas na Faixa de Gaza, atingindo cerca de 450 locais pertencentes ao grupo. Os militares afirmam que o local continha postos de observação, campos de treinamento e túneis subterrâneos. Durante a operação, vários agentes do Hamas foram mortos pelas tropas israelenses. Um ataque aéreo resultou na morte de Jamal Musa, segundo Israel, ele era chefe das operações especiais do Hamas.

Israel também anunciou que está pronto para atacar os combatentes do Hamas em seus túneis subterrâneos e bunkers no norte de Gaza, depois da área ser isolada por tropas e tanques. "Agora vamos começar a nos aproximar deles", afirmou o tenente-coronel Richard Hecht.

A OMS registrou mais de 100 ataques ao sistema de saúde na Faixa de Gaza, enquanto Israel acusa o Hamas de usar hospitais para esconder operações. 14 hospitais, incluindo 10 na Cidade de Gaza, não estão mais funcionando.

Passagem em Rafah reaberta

A autoridade fronteiriça de Gaza, controlada pelo Hamas, afirmou que a passagem de fronteira de Rafah está aberta para saída de egípcios e estrangeiros listados desde 1º de novembro. A fronteira ficou aberta por três dias, até a sexta-feira (3), mas foi fechada e reaberta nesta segunda-feira.

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A condição imposta pelo grupo extremista foi priorizar que ambulâncias com pessoas feridas pudessem ir para Rafah. Um ataque israelense havia atingido um comboio de ambulâncias em Gaza. Ainda não se sabe se há brasileiros na lista de pessoas autorizadas a sair de Gaza. Há expectativa de que brasileiros possam deixar a região até quarta (8), segundo o Itamaraty.

O grupo de brasileiros em Gaza é composto por 34 pessoas. Destas, 24 são brasileiras, sete são palestinas com RNM (Registro Nacional Migratório) e três são palestinas. Do total, 18 são crianças, 10 são mulheres e seis são homens.

Submarino estadunidense

Militares dos Estados Unidos comunicaram ontem que um submarino nuclear chegou ao Oriente Médio. O veículo subaquático é um reforço em meio aos conflitos da guerra entre Israel e Hamas, com capacidade de transportar 154 mísseis de cruzeiro. Raramente é feito um anúncio sobre os movimentos ou operações da frota de submarinos balísticos e guiados.

O anúncio do submarino ocorre no momento em que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, realiza reuniões com parceiros dos EUA no Oriente Médio. "Uma demonstração de força destinada a tentar conter as tensões regionais em meio à guerra Israel-Hamas", escreveu o jornal Al Jazeera sobre o anúncio.

Vítimas da ONU

88 funcionários da agência da ONU para refugiados palestinos foram mortos desde o início da guerra em Gaza, o que representa o maior número de óbitos das Nações Unidas registrados em um único conflito. Chefes de todas as principais agências da ONU emitiram uma declaração conjunta expressando indignação com o número de mortos de civis em Gaza e apelando por um cessar-fogo humanitário imediato, além de exigir que o Hamas liberte os reféns que raptou de Israel.

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