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Guerra em Gaza mata 38 jornalistas em um mês, diz comitê

Ao menos 38 jornalistas foram mortos desde o início do conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas, que completa um mês nesta terça-feira (7). Os números são do Comitê de Apoio a Jornalistas (JSC, na sigla em inglês).

O que aconteceu:

Desde o início do conflito, em 7 de outubro, 38 jornalistas morreram, e outros 33 ficaram feridos. O JSC não detalhou a nacionalidade das vítimas.

Conforme o balanço do comitê, mais de 40 profissionais da área tiveram seus lares destruídos. Além disso, mais de 55 organizações de mídia tiveram suas instalações derrubadas ou danificados, e 24 rádios locais pararam suas transmissões.

Ainda conforme o JSC, 26 jornalistas foram presos, e mais de mil profissionais vivem sob ameaça.

Crimes de guerra

A ONG Repórteres sem Fronteiras apresentou uma denúncia ao TPI (Tribunal Penal Internacional) por crimes de guerra cometidos contra jornalistas palestinos, em Gaza, e contra um jornalista israelense que cobria o ataque do Hamas às comunidades de Israel.

"O documento também faz menção à destruição intencional, total ou parcial, das instalações de mais de 50 meios de comunicação em Gaza", explica o RSF.

A escala, a gravidade e a recorrência dos crimes internacionais contra jornalistas, sobretudo em Gaza, exigem uma investigação prioritária por parte do procurador do TPI. Desde 2018 fazemos apelo ao tribunal. Os atuais acontecimentos trágicos demonstram a extrema urgência de sua mobilização
Christophe Deloire, secretária-geral da RSF

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Esta é a terceira queixa apresentada pela RSF ao TPI por crimes de guerra cometidos contra jornalistas palestinos na Faixa de Gaza. A primeira foi em maio de 2018, referente a jornalistas mortos ou feridos durante a Marcha do Grande Retorno, e segunda em maio de 2021, após as forças israelenses bombardearem cerca de 20 meios de comunicação na Faixa de Gaza.

Com Agência Brasil

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