Guerra continuará por ao menos 2 meses após trégua, diz ministro de Israel
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse hoje que a guerra contra o Hamas vai continuar por pelo menos dois meses após o cessar-fogo de quatro dias previsto para começar amanhã.
O que aconteceu
Ministro israelense disse a soldados que trégua será "curta". Yoav Gallant afirmou que, assim que a pausa temporária nos combates terminar, a guerra contra o Hamas será retomada com "intensidade". A declaração foi feita a militares da unidade de comando Shayetet 13, da Marinha, e publicadas pelo jornal The Times of Israel.
Guerra vai continuar por "pelo menos dois meses" após o cessar-fogo. O ministro também disse aos soldados que Israel precisa "chegar à vitória" para, assim, viabilizar a liberação de outros reféns. "Eles [prisioneiros] só vão voltar por pressão", completou.
O que vocês vão ver nos próximos dias é a libertação de reféns. Mas essa trégua será curta. (...) O que se espera de vocês [durante o cessar-fogo] é que se organizem, se preparem, recarreguem as armas e fiquem prontos para continuar. (...) Teremos liberdade para fazer o que quisermos, quando quisermos.
Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, a soldados
Cessar-fogo
Trégua nos combates deve começar amanhã, às 7h (horário local). Já os primeiros reféns serão libertados às 16h, segundo o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Qatar, Majed Al-Ansari. Mais cedo, Israel confirmou ter recebido uma lista de pessoas a serem libertadas pelo Hamas.
Treze mulheres e crianças serão soltas neste primeiro dia de cessar-fogo. Os reféns são membros da mesma família, ainda de acordo com o Qatar. Israel não divulgou quantos prisioneiros palestinos serão libertados ao mesmo tempo. O acordo prevê a libertação de 50 reféns israelenses pelo Hamas e 150 presos palestinos por Israel.
Guerra entre Israel e Hamas já dura mais de um mês e meio. Autoridades dizem que cerca de 1.200 israelenses, a maioria civis, foram mortas no ataque de 7 de outubro. Já o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, contabiliza 14.854 mortos, incluindo mais de 6.000 crianças, desde o início dos bombardeios de Israel.
(*Com AFP e RFI)
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