'Fui espancado diversas vezes pelos líderes', diz homem que deixou o Hamas
Mosab Hassan Youssef, filho mais velho de um dos fundadores do Hamas, afirmou em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, que o grupo extremista não se importa com a morte de palestinos na guerra contra Israel, já que elas aumentam o sentimento de revolta na população.
O que ele disse
"Fui espancado diversas vezes pelos principais líderes do Hamas", relatou Mosab, ao contar sobre sua juventude e trabalho junto ao pai, Hassan Youssef, e outros comandantes do grupo extremista. Quando tinha 18 anos, ele ficou preso por 16 meses.
Mosab aceitou trabalhar como "espião" do Shin Beth, serviço de inteligência de Israel, por 10 anos. "Passei a ver a verdadeira natureza do Hamas enquanto eles torturavam o próprio povo na prisão", declarou.
Não gostava da disciplina rígida. Se violar as leis, você é punido. Fui amarrado a um poste e chicoteado com o fio de um eletrodoméstico.
Mosab Hassan Youssef, ao Fantástico
"O meu destino estava ligado ao futuro do Hamas." Para o ex-militante do grupo extremista, a morte de civis insufla um sentimento de "guerra santa" contra os judeus e Israel.
O Hamas tem travado uma guerra santa, religiosa contra o povo judeu. Não lutam por território, por uma pauta nacional ou por política.
O Hamas não se preocupa com civis palestinos. Quanto mais crianças morrem, mais irritado o mundo fica com Israel.
Mosab passou pelo Brasil esta semana para uma palestra no Clube Hebraica de São Paulo, entidade judaica na capital paulista.
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