Casal líbio-brasileiro é preso por tráfico na Turquia após 'golpe da mala'
Um casal de nacionalidade líbia-brasileira foi preso após ter as etiquetas das malas trocadas ao viajar do Aeroporto de Guarulhos para a Turquia.
O que aconteceu
Ahmed e Malak Hasan tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça turca ontem. A decisão ocorre mais de um ano após o crime o qual são apontados.
A justificativa dada para a prisão foi de que o risco de fuga dos dois é alto, já que são estrangeiros. A informação é da defesa do casal.
Os dois não são considerados suspeitos pela polícia brasileira. A suspeita é de que a dupla tenha sido vítima da mesma quadrilha que incriminou duas brasileiras por tráfico na Alemanha trocando etiquetas de bagagem.
Malak estava proibido de deixar a Turquia desde maio. A esposa dele estava na Líbia quando ele foi preso, mas foi até a Turquia para passar pela audiência ontem. Os dois estão em celas diferentes da prisão.
O casal tem dois filhos, ambos com menos de três anos. A defesa do casal não informou com quem as crianças estão.
Ahmed e Malak foram presos hoje na Turquia por um crime que não cometeram e afastados dos filhos pequenos, vítimas da falta de segurança nos Aeroportos do Brasil e da irresponsabilidade por parte das Companhias Aéreas.
Luna Provázio, advogada do casal, em publicação
Entenda o caso
Ahmed Hasan viajou com a esposa e o filho para a Turquia em outubro de 2022 e, de lá, foram para a Líbia. A viagem ocorreu sem qualquer intercorrência.
Em maio deste ano, Hasan decidiu ir sozinho à Turquia e, ao chegar no país, foi preso por tráfico internacional de drogas.
As malas com 43 quilos de cocaína saíram de Guarulhos para a Turquia em 26 de outubro de 2022, quatro dias depois de Hasan ter embarcado. A informação foi dada pelo delegado Felipe Lavareda, da Polícia Federal, ao Fantástico.
Os investigadores suspeitam que a etiqueta da bagagem de Ahmed tenha sido arrancada no dia do embarque dele, mas guardada para ser usada depois. A droga passou por um ônibus de transporte de passageiros, por uma carreta (que faz os transportes dentro do aeroporto) e por um galpão dentro de Guarulhos antes de ser colocada no avião, segundo informações dadas pela PF ao Fantástico. Na ocasião, o Aeroporto de Guarulhos afirmou que o manuseio das bagagens é responsabilidade das companhias aéreas.
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