Israel divulga vídeo em que chefe do Hamas aparece 'fugindo' em túnel
As Forças de Defesa de Israel divulgaram um vídeo na terça-feira (13) em que um homem apontado como Yahya Sinwar, líder do Hamas, aparece "fugindo e se escondendo" em um túnel.
O que aconteceu
Civis abandonados. Na descrição da publicação, compartilhada no X - antigo Twitter -, Israel diz que Sinwar fugia "enquanto civis de [Faixa de] Gaza sofrem na superfície sob o domínio do terrorismo do Hamas".
"Não há túnel profundo o suficiente para ele se esconder", acrescenta as Forças de Defesa de Israel.
O túnel está localizado em Khan Younis, no sul de Gaza, segundo o jornal Times of Israel. O contra-almirante Daniel Hagari informou que a gravação foi feita em 10 de outubro do ano passado, três dias após o ataque do Hamas que deu início ao novo conflito contra Israel.
O líder do Hamas aparece no vídeo com seus filhos e uma das suas esposas, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel.
Sinwar não foi capturado, mas Israel afirma que chegou ao local onde ele se hospedou após fugir pelo túnel. "Altos funcionários do Hamas residiam no complexo em boas condições. Eles têm comida e banheiros, além de cofres com fundos pessoais de milhões de shekels [moeda de Israel] e dólares em dinheiro".
O túnel faz parte de uma grande rede subterrânea, que também leva para o local onde os reféns são mantidos, segundo o porta-voz.
Túnel na ONU
Suposto envolvimento da ONU. No sábado (10), Israel afirmou que descobriu um túnel do Hamas sob a sede da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos) na Cidade de Gaza.
A agência da ONU disse que não ocupa o local desde 12 de outubro do ano passado. O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, considerou que "a revelação do profundo envolvimento da sede da UNRWA em Gaza com o Hamas [...] exige uma ação imediata".
Segundo Israel, 12 dos 13 mil funcionários da agência na Faixa de Gaza estiveram envolvidos no ataque do Hamas em 7 de outubro. Na semana passada, afirmou que demonstraria "os vínculos da UNRWA com o terrorismo".
A ONU está investigando internamente as acusações contra os funcionários, que foram demitidos. O secretário-geral da organização, António Guterres, nomeou uma comissão independente para avaliar a "neutralidade" da agência.
*com informações da AFP
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