Conteúdo publicado há 10 meses

MP do Japão pede prisão perpétua para peruano suspeito de matar brasileiras

O Ministério Público do Japão pediu prisão perpétua para o peruano acusado de matar duas irmãs brasileiras em 2015.

O que aconteceu

Os promotores pediram prisão perpétua devido à crueldade do caso. "O crime foi extremamente cruel e não há esperança de reabilitação", justificou o promotor durante julgamento realizado no Tribunal Distrital de Nagoya, segundo a rede pública de notícias do Japão.

Edgard Anthony La Rosa Vite é apontado como assassino de Akemy e Michelle Maruyama. A sentença final deve ser proferida no dia 27 de fevereiro.

"O réu considerou assassinar a vítima porque ela se recusou a voltar com ele, e a irmã dela também era contra o relacionamento deles. Ele nunca demonstrou qualquer remorso e é extremamente difícil esperar qualquer melhoria ou reabilitação", disse o promotor.

O homem, porém, diz ser inocente. A defesa do peruano afirmou que ele estava sob efeito de drogas e não conseguia distinguir o certo do errado.

O peruano é acusado de homicídio e incêndio criminoso. A promotoria ressaltou que "não houve um planejamento cuidadoso, pois ele foi visto fugindo do local".

As irmãs foram asfixiadas, e a casa onde as duas viviam foi incendiada após as mortes. Edgard era ex-marido de Akemy que, em 2015, tinha 27 anos. A irmã Michelle tinha 29.

O crime

As irmãs brasileiras foram encontradas mortas em 30 dezembro de 2015. A casa onde viviam em Handa, no Japão, foi incendiada, mas a perícia japonesa apontou que a causa das mortes foi asfixia por estrangulamento.

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Edgard foi preso dias depois, já em 2016. Na ocasião, ele foi abordado em Nagoya enquanto dirigia o carro de Akemy sem habilitação e com as duas filhas da ex-mulher no veículo. No entanto, ele acabou solto.

Depois, em dezembro de 2020, ele foi detido novamente sob acusação de assassinato. No início daquele mês, ele havia sido preso por ser apontado como o responsável por colocar fogo no imóvel, mas não pelos assassinatos, que aconteceram antes do fogo se propagar.

O peruano foi casado com Akemy por seis anos e não teria aceitado o fim do relacionamento. Por isso, passou a ameaçá-la.

"Ele sempre foi agressivo, arrogante, mas ela sempre muito tímida, não contava isso para ninguém", disse a mãe das duas jovens, Maria Aparecida Amarilha Scardin.

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