Irmão de Navalni é incluído em lista de procurados na Rússia
A Rússia colocou o irmão do ativista de oposição Alexey Navalni, Oleg Navalni, em uma lista de procurados pela Justiça.
O que aconteceu
Alegação de processo criminal. A inclusão de Oleg à base de dados de procurados foi confirmada pela agência estatal Tass, que não detalhou o teor das suspeitas contra o homem, afirmando somente que "um novo processo criminal" o enquadrou como procurado.
Mãe faz apelo. Em vídeo publicado nas redes sociais, Lyudmila Navalnaya, mãe do opositor, pediu que Vladmir Putin liberasse o corpo do filho dela. A previsão é de que análises sejam feitas por mais duas semanas para determinar a causa da morte, segundo membros da equipe de Nalvani.
Viúva pede que eleições não sejam reconhecidas. Yulia Navalnaya também usou as redes para pedir que as eleições de março, que possivelmente levarão Putin a um novo mandato, não fossem reconhecidas pela União Europeia. "Um presidente que assassinou seu principal oponente político não pode ser legítimo por definição", disse.
Dirijo-me a você, Vladimir Putin, a solução do problema depende apenas de você. Deixe-me ver meu filho, peço que o corpo de Alexei seja imediatamente entregue para que eu possa sepultá-lo humanamente.
Lyudmila Navalnaya, mãe de Navalni, em vídeo publicado nas redes
Morte de Navalni
O opositor de Putin estava preso sob acusação de "extremismo" no distrito autônomo de Yamal-Nenets. A informação da morte foi confirmada na manhã de sexta-feira (16). "O preso A.A.Navalni sentiu-se mal depois de uma caminhada e quase imediatamente perdeu a consciência na colônia correcional nº 3, em 16 de fevereiro", informaram as autoridades russas, em nota encaminhada à imprensa.
Ele cumpria sentença de 19 anos. Navalni estava detido na colônia penal de Kharp, uma prisão próxima do Círculo Polar Ártico, onde as temperaturas podem chegar à -30 °C. Conhecida como "Lobo Polar", o local é considerado um dos mais duros na Rússia.
Há quatro anos, Navalni foi envenenado com um agente nervoso do grupo Novichok, considerado uma arma química. Ele ficou internado em um hospital em Berlim por um mês. A substância foi confirmada por laboratórios da Alemanha, França e Suécia. O governo russo negou qualquer envolvimento.
*Com informações da Reuters e Ansa
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