Condenada em 1996, 'jovem mais cruel dos EUA' segue no corredor da morte

Em 1995, Christa Gail Pike torturou e assassinou brutalmente uma colega de turma no Tennessee (EUA). Pelo crime, a jovem de 18 anos foi condenada à morte, se tornando a mulher norte-americana mais jovem a receber a pena. Quase 30 anos após o crime, ela segue presa e sem data definida para execução.

Quem é Christa Gail Pike

Nascida na Virgínia Ocidental em 10 de março de 1976, Christa Gail Pike tinha 18 anos quando se tornou a mulher norte-americana mais jovem a ser condenada à morte. Ela ainda é a única mulher no corredor da morte do Tennessee, segundo o Departamento de Correção do estado.

Crime aconteceu na cidade de Knoxville, em 12 de janeiro de 1995. A adolescente decidiu matar a colega Colleen Slemmer, de 19 anos, depois de se convencer de que ela estava tentando roubar seu namorado, Tadaryl Shipp. O rapaz e Shadolla Peterson, uma outra amiga de Pike, também participaram do crime.

A vítima foi atraída para a floresta pelo casal. Pike a torturou por 30 minutos. A jovem guardou um pedaço do crânio da vítima como lembrança.

Pike foi condenada à morte em março de 1996, já os outros dois coautores do crime não receberam a mesma sentença. Shipp, com 17 anos na época, foi condenado à prisão perpétua com possibilidade de liberdade condicional —ele pode ser liberado em 2028. Peterson, por sua vez, se declarou culpada de ser cúmplice do crime após ter servido como vigia durante o assassinato. Ela recebeu uma sentença de liberdade condicional de seis anos por seu papel.

Os quatro adolescentes participavam do Job Corps, um programa federal de treinamento profissional para adolescentes considerados "problemáticos".

Histórico familiar e novo crime

A defesa de Pike já citou doenças mentais e traumas de infância para tentar reverter a pena. Segundo o The Independent, Pike nasceu com "danos cerebrais" e sofre de doenças mentais graves, além de ter sofrido graves abusos, como estupro, e negligência quando criança.

Pedido de anulação de sentença negado. De acordo com a mídia local, em novembro do ano passado, um juiz do condado de Knox rejeitou um novo pedido de anulação da sentença de morte de Pike.

Continua após a publicidade

Na audiência de condenação pelo assassinato, o júri determinou que uma sentença de morte era apropriada com base na conclusão de duas circunstâncias agravantes: que 'o assassinato foi especialmente hediondo, atroz ou cruel, pois envolveu tortura ou abuso físico grave além do necessário para produzir a morte' e que 'o assassinato foi cometido com o propósito de evitar, interferir ou impedir a prisão legal do réu ou de outro.'
Scott Green, juiz

Pike também cumpre pena por tentativa de homicídio. Em 24 de agosto de 2001, ela estrangulou a presidiária Patricia Jones com um cordão de sapato e quase a sufocou até a morte. A condenação pelo crime veio somente em 12 de agosto de 2004.

Ela pode ser a primeira mulher executada no Tennessee em mais de 200 anos. No entanto, a Suprema Corte do estado ainda não definiu uma data de execução para Pike.

Plano de fuga frustrado

Em 2012, um guarda penitenciário e o então namorado de Pike foram acusados de conexão com um plano frustrado para libertá-la da prisão. Segundo a ABC News, as autoridades iniciaram a investigação após receberem informações sobre o plano de fuga.

Foram encontradas evidências de contrabando na prisão. Justin Heflin, até então oficial da Prisão para Mulheres do Tennessee, recebeu presentes e dinheiro por sua ajuda no planejamento da fuga. Já Donald Kohut, namorado de Pike, conheceu Heflin em uma de suas frequentes idas à prisão para visitar a criminosa.

Continua após a publicidade

"Ajudantes" acusados. Heflin foi acusado de suborno, conspiração para cometer fuga e facilitação para cometer fuga, enquanto Kohut foi acusado de suborno e conspiração para cometer fuga.

Deixe seu comentário

Só para assinantes