'Acho que matei minha mulher': como foi crime com brasileiros na Irlanda
"Acho que matei minha mulher". Essa foi a frase que o brasileiro Diego Costa Silva, 35, disse ao ligar para a polícia de Dublin, na Irlanda. O crime ocorreu em 2021, mas Diego está sendo julgado por assassinato apenas agora pela Justiça do país, segundo o jornal local Irish Times.
O que aconteceu
Diego, que diz ter distúrbios mentais, é acusado de sufocar, esfaquear e decapitar Fabiola Camara de Campos Silva, 32. O crime ocorreu na manhã de 4 de novembro de 2021, e o julgamento começou nesta segunda-feira (4).
Em seguida, ele ligou para a emergência, quando teria dito a frase: "acho que matei minha mulher", segundo o processo. O casal de brasileiros estava na Irlanda desde 2016 e junto havia 15 anos.
A polícia chegou ao local e encontrou Diego de bermuda e chinelo. Havia marcas de sangue no seu corpo e pulsos. Ele foi preso imediatamente por suspeita de assassinato. Ao deixar o local, o acusado disse que "sua esposa estava tentando matá-lo".
Diego deu declarações confusas diante do júri. Ele disse que não estava se sentindo "seguro" e achou que se ele não a matasse, ela o mataria. Em outra ocasião, afirmou que ouviu vozes na sua cabeça dizendo que "às vezes você precisa decapitar uma pessoa porque ela está possuída".
O suspeito não se declarou culpado do crime. Uma das questões importantes a serem definidas pelo júri é aplicar ou não uma legislação local específica para pessoas com distúrbios mentais.
Ele já teve episódios de confusão mental. A reportagem do Irish Times descreve que, um dia antes do crime, o homem foi preso por correr pelas ruas da cidade quase nu. Foi levado para um hospital e posteriormente liberado.
Há indícios de que Fabiola tentou se defender. O promotor do caso, Shane Costelloe, leu detalhes da declaração de óbito da esposa de Diego. O documento diz que ela morreu devido à "decapitação" com trauma e asfixia como fatores contribuintes. Havia ainda marcas de facadas em outras partes do corpo e hematomas, que indicam que houve algum tipo de resistência por parte da vítima.
*Com informações do Irish Times
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