EUA falam em ação militar contra Maduro e fecham pacto de defesa com Guiana
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O chefe da diplomacia de Donald Trump, Marco Rubio, alertou que uma eventual ação da Venezuela na Guiana será respondida pela Casa Branca, insinuando que a marinha americana pode ser usada contra Caracas.
Rubio está na Guiana hoje, na segunda missão do secretário do Departamento de Estado norte-americano para a América Latina em apenas dois meses de governo.
Na visita, EUA e o país sul-americano assinaram um acordo de segurança, colocando a Guiana sob uma espécie de guarda-chuva de proteção de Washington.
Questionado sobre qual seria a reação americana diante da reivindicação de Maduro por territórios da Guiana, Rubio elevou o tom e fez uma ameaça. "Haverá consequência para agressores e aventureiros", disse.
"Nossa Marinha é grande e pode chegar a qualquer lugar do mundo", afirmou Rubio. Para as autoridades da Guiana, há de fato um compromisso dos EUA pela "defesa do país".
De acordo com Rubio, se os venezuelanos fizerem algo no sentido de cruzar as fronteiras, "será um grande erro para eles". "Não vou detalhar nada, mas todos entendem. Será um dia e uma semana muito ruim para o regime da Venezuela", disse.
A Guiana, país rico em petróleo, vem registrando uma tensão cada vez maior em suas fronteiras. Uma década após a descoberta de reservas, o país pode se tornar este ano o maior produtor mundial de petróleo per capita, superando o Catar e o Kuwait.
No acordo assinado hoje, fica estabelecido uma "a cooperação em segurança" entre EUA e a Guiana. Para Rubio, os americanos não permitirão que haja uma "reivindicação ilegítima" por parte da Venezuela ao território do país.
Desde o ano passado, Nicolas Maduro vem insistindo sobre seu interesse pelo território de Essequibo. O venezuelano, após um polêmico plebiscito, chegou a anunciar a criação de uma província no país vizinho.
A tensão mobilizou, inclusive, o governo Lula, que destacou o embaixador Celso Amorim para lidar com a crise. Conforme o UOL apurou, o anterior governo de Joe Biden, nos EUA, havia procurado interlocutores brasileiros, pedindo que o Palácio do Planalto e o Itamaraty atuem para acalmar a situação na fronteira entre Venezuela e Guiana, evitando que a crise saia do controle.
Para o ex-presidente, o Brasil seria um ator "adequado" para agir no sentido de evitar uma escalada militar. Nas conversas, os americanos consideraram que o governo Lula estaria numa posição privilegiada para promover esse diálogo.
139 comentários
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Edson Teodoro
Está claro que os EUA estão de olho no petróleo descoberto neste território. Quem são eles pra falar que são contra a invasão de uma nação sobre outra. Eles mesmos estão querendo tomar a Groenlândia, as terras raras da Ucrânia, o Golfo do México, a faixa de Gaza e por aí se vai. Nação hipócrita!
Caio Pandia de Oliveira Bastone
Fez muito bem o governo da Guiana, pois se deixar o governo socialista de quinta categoria, levam o povo da Guiana a pobreza como acontece hoje na Venezuela. Pelas noticias está ocorrendo um boom de crescimento na Guiana e isso tem qu continuar par que o povo tenha prosperidade. O sociaalismo e comunismo, só traz a miséria, exceto para os seus líderes.
Paulo Roberto Beber Salles
Os EUA são tão bonzinhos. Querem só proteger a Guiana e seu povo. Nem estão de olho nesse petróleo todo. Imperialistas travestidos de salvadores dos pobres e oprimidos