Conteúdo publicado há 1 mês

Netanyahu aprova plano de ataque a Rafah; cidade tem 1,5 mi de refugiados

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou hoje (15) um ataque a israelense contra Rafah, cidade em Gaza que acolhe o maior número de refugiados palestinos.

O que aconteceu

Netanyahu aprovou ataque contra cidade com maior número de refugiados palestinos. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avisou em comunicado que ele aprovou o ataque de Israel contra Rafah, sem fornecer detalhes, nem estabelecer um calendário para a operação.

Primeiro-ministro quer ataque há semanas. Netanyahu promete há semanas continuar a guerra até a "eliminação do Hamas" e tem anunciado repetidamente uma próxima ofensiva contra Rafah, localizada na fronteira fechada com o Egito. O governo dos Estados Unidos, por sua vez, reitera sua oposição a qualquer ofensiva em Rafah que ponha civis em perigo.

Rafah abriga 1,5 milhão de refugiados, diz ONU. A UNRWA, membro da ONU para ajuda a refugiados palestinos, afirma que mais de um milhão e meio de refugiados vivem em Rafah, campo que deve ser atacado pelas forças israelenses.

1° Navio de ajuda chega a Gaza

O navio é da ONG espanhola 'Open Arms', que atravessou por um corredor marítimo aberto pela União Europeia com apoio de outros países. A embarcação zarpou na terça-feira (11) do porto de Larnaca, no Chipre, rebocando uma embarcação de outra ONG, a World Central Kitchen (WCK), do chef espanhol José Andrés.

Pelo menos 300 mil refeições foram preparadas pela WCK. A presidente da organização, Erin Gore, anunciou que a ONG está preparando um segundo navio com centenas de toneladas de mantimentos.

A ONU estima que a fome ameace 2,2 milhões dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza. Cerca de 97% da água em Gaza é rotulada como "não apta para o consumo humano" e a produção agrícola está começando a entrar em colapso, indicou Maurizio Martina, diretor-geral adjunto da FAO, o órgão da ONU para agricultura. Segundo a Parc (Associação Palestina de Desenvolvimento Agrícola), as forças israelenses destruíram um quarto das propriedades agrícolas do norte da Faixa.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) tem alertado sobre a morte de crianças com fome porque alimentos e remédios não estão chegando a Gaza em devido à guerra entre Israel e o Hamas. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, visitou os hospitais Al-Awda e Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, e disse ter feito "descobertas sombrias" ao encontrar níveis graves de desnutrição, crianças morrendo de fome, escassez de combustível, alimentos e suprimentos médicos e unidades de saúde destruídas.

Deixe seu comentário

Só para assinantes