5 pontos para entender o tamanho da crise econômica na Venezuela
1. Desde a morte de Hugo Chávez, em 2013, a Venezuela foi arrasada pela crise econômica. Segundo a Pesquisa Nacional de Condições de Vida, 82,8% da população vive na pobreza, e cerca de metade das pessoas vivem em extrema pobreza.
2. A infraestrutura de todo o país está em frangalhos. Algumas cidades passam até 12 horas sem energia elétrica, todos os dias. Em Caracas, há bairros que recebem água encanada apenas uma vez por mês. Os moradores improvisam soluções: instalam caixas d'água em banheiros e lavanderias e dividem com vizinhos os custos de caminhões-pipa — negócio que prosperou com a crise.
3. Como mais de 80% dos trabalhadores vivem na informalidade, levando dupla ou tripla jornada para complementar a renda, muitos profissionais liberais atuam online para economizar em transporte, driblando cortes de luz com baterias extras.
4. Há dois anos, a crise levou professores e diretores de escolas públicas a adotar o "horário em mosaico", reduzindo a frequência dos alunos, que vão à escola apenas duas ou três vezes por semana. Alguns pais pagam professores particulares em dias sem aulas regulares.
5. Retração econômica, sanções e hiperinflação desmantelam o país. Isso se traduz no aumento da perseguição política e na migração em massa. Há atualmente 269 presos políticos documentados na Venezuela, e ao menos 7,7 milhões de pessoas deixaram o país desde 2015, segundo a Acnur (Agência das Nações Unidas para os Refugiados).
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