Conteúdo publicado há 7 meses

Quem era o presidente do Irã que morreu em acidente de helicóptero

O presidente do Irã, o ultraconservador Ebrahim Raisi, morreu após a queda de um helicóptero em uma região montanhosa do Irã. Ele tinha 63 anos e era presidente desde 2021.

Quem é Raisi

Raisi é um ultraconservador, eleito em 18 de junho de 2021, no primeiro turno. As votações foram marcadas por uma abstenção recorde em eleições presidenciais e com a ausência de um opositor forte.

Nascido em novembro de 1960 na cidade sagrada xiita de Mashhad, no nordeste do país. Raisi fez carreira no Judiciário em cargos de procurador-geral entre 2014 e 2016, vice-chefe de Justiça de 2004 a 2014 e promotor e procurador adjunto de Teerã nas décadas de 1980 e 1990.

O iraniano substituiu o moderado Hasan Rohani. A principal conquista de Rohani em seus dois mandatos foi o acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis potências ocidentais. Rouhani ganhou de Raisi nas eleições presidenciais de 2017 e, após dois mandatos consecutivos, não pôde concorrer novamente.

O presidente do Irã participou do chamado "comitê da morte". O grupo de acusação foi responsável por executar milhares de presos políticos no país em 1988. Raisi está na lista de líderes iranianos que Washington sancionou por "cumplicidade" em "graves violações dos direitos humanos", acusações rejeitadas pelas autoridades de Teerã.

O que aconteceu

Raisi voltava de reunião perto da fronteira com o Azerbaijão quando o incidente ocorreu. A aeronave pousou em Jolfa, a cerca de 600 quilômetros de Teerã, informou a agência oficial iraniana IRNA.

Raisi estava acompanhado do ministro das Relações Exteriores do país. O governador da província do Azerbaijão Oriental também estava na aeronave, informou a AP. Mau tempo dificulta buscas por aeronave. A área onde a aeronave fez pouso fica em região montanhosa e com floresta densa, afirmou a IRNA. Chuva forte e a neblina registrada na região dificultam a busca pela aeronave.

Modelo de helicóptero que levava presidente não foi informado. O país tem uma frota "ultrapassada" de aeronaves por causa das dificuldades impostas por décadas de sanções comerciais, informou a Al Jazeera.

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