Lula condena tiro em Trump: 'Quem perde é a democracia'

O presidente Lula (PT) condenou hoje o atentado sofrido pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, pré-candidato à Casa Branca, no final de semana.

O que aconteceu

Trump foi atacado durante um comício no último sábado (13) na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Nos vídeos que registraram o momento, é possível ouvir os tiros e, logo depois, Trump leva a mão à orelha e se abaixa.

A gente não pode ter dúvidas de condenar qualquer manifestação antidemocrática que aconteça em qualquer lugar do mundo, seja pela direita, seja pela esquerda. Ou seja, ninguém tem o direito de atirar numa pessoa porque não concorda com ele politicamente. [...] Como eu sou defensor da democracia, acho que temos de condenar.
Lula, sobre ataque a Trump

No Brasil, o caso tem sido comparado ao atentado sofrido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha de 2018. "Se tudo vai se encontrar na base da bordoada, da violência, na base do murro, da luta, do tiro, da faca, para onde é que vai a democracia?", questionou Lula, sem citar o adversário político.

Ele disse, no entanto, não saber se isso fortalece a extrema direita. "Isso empobrece a democracia. Ao invés de ficar analisando se alguém ganha, temos que ter certeza que a democracia perde. Os valores do diálogo e do argumento, de sentarem em uma mesa de forma diplomática vai indo pelo ralo", afirmou Lula à imprensa no Palácio Itamaraty.

O presidente já tinha classificado o ato como 'inaceitável'. "O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável", publicou Lula no X (ex-Twitter).

Lula recebeu hoje o presidente italiano, Sergio Mattarella, no Palácio do Planalto. Os dois tiveram uma reunião bilateral no Planalto, assinaram acordos de cooperação entre os países e devem almoçar no Palácio Itamaraty. O italiano irá ainda a Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.

Como foi o atentado

Siga UOL Notícias no
Continua após a publicidade

Trump discursava a apoiadores quando foi alvo de disparos. Em seguida, agentes do Serviço Secreto norte-americano correm para protegê-lo no palanque. O comício era realizado em Butler, no estado da Pensilvânia.

As imagens mostram que parte da orelha de Trump sangrou. Quando foi retirado do local por seguranças, o republicano ergueu o punho em direção à multidão. "Senti a bala rasgando a pele", escreveu Trump em uma rede social.

Duas pessoas morreram, incluindo o atirador. O atentado está sendo investigado como possível ato de terrorismo doméstico. De acordo com Anthony Guglielmi, chefe de comunicação do Serviço Secreto, os disparos foram feitos de uma "posição elevada" fora do comício, e o atirador foi "neutralizado" por agentes. Outras duas pessoas ficaram gravemente feridas.

Deixe seu comentário

Só para assinantes