Após desistência de Biden, plataforma de doações recebe R$ 259 milhões
Após a desistência de Joe Biden, a plataforma de arrecadação de fundos para a campanha do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos arrecadou US$ 46,7 milhões (aproximadamente R$ 259 milhões). O valor foi alcançado até às 22h de domingo (21).
O que aconteceu
Arrecadação em um dia bateu recorde. A plataforma ActBlue anunciou nas redes sociais que "este foi o maior dia de captação de recursos do ciclo de 2024".
Segundo a plataforma, os doadores estão entusiasmados com o novo momento da campanha do partido. A quantia foi arrecadada horas após o atual presidente, Joe Biden, desistir da reeleição e endossar a candidatura de sua vice, Kamala Harris.
Valor continua crescendo. Em atualização, pouco depois das 20h no horário de Brasília, e cinco horas após o anúncio de Biden, a plataforma já havia batido a marca dos US$ 27 milhões. Duas horas após, a quantia já havia chegado aos US$ 45 milhões.
Kamala inicia ofensiva mesmo sem confirmação do partido
A desistência de Joe Biden da campanha à reeleição abriu caminho para uma possível nomeação de Kamala Harris, sua vice-presidente. A democrata ainda precisa da confirmação do partido para se lançar na disputa, mas já iniciou a campanha.
Após a desistência, Biden endossou Harris para substituí-lo. "Ofereço meu apoio para Kamala ser a indicada pelo nosso partido neste ano", disse Biden. Minutos após a publicação da carta nas redes sociais, o presidente publicou uma foto sinalizando apoio à sua vice, que também tinha sido citada na carta. "É hora de nos unirmos para combater Trump", afirmou.
A vice-presidente recebeu apoio de outros correligionários. Bill e Hillary Clinton, por exemplo, publicaram uma carta conjunta em que agradecem Biden e declaram apoio à Kamala. "Agora é a hora de apoiar Kamala Harris e lutar com tudo o que temos para elegê-la. O futuro da América depende disso", diz o texto
No entanto, Kamala ainda não recebeu apoio declarado de Barack Obama. Após a desistência, o ex-presidente dos Estados Unidos publicou uma carta nas redes sociais para relembrar a relação com Biden, que foi seu vice. O texto, no entanto, não faz nenhuma menção a Harris ou a qualquer possível substituto na disputa pela Casa Branca.
Nancy Pelosi também não se posicionou. A ex-presidente da Câmara declarou que Biden sempre colocou o país em primeiro lugar ao falar sobre a desistência. Porém, não declarou apoio a Kamala em sua manifestação.
A vice-presidente ainda precisa ser ratificada pelo Partido Democrata. O presidente do partido disse que vai "empreender um processo transparente e ordenado para avançar para uma candidatura". A posição foi publicada nas redes sociais de Jaime Harrison, líder do Comitê Nacional Democrata, momentos após a desistência de Joe Biden.
A indefinição dos democratas não impediu Kamala de dar a largada na campanha. A vice-presidente fez uma postagem neste domingo (21) em que agradeceu o apoio de Joe Biden à sua candidatura e anunciou um site para arrecadar doações para sua campanha. "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata —e unir a nossa nação— para derrotar Donald Trump e a sua agenda extrema do Projeto 2025. Se você está comigo, faça uma doação agora mesmo", escreveu no X.
A democrata diz que quer "merecer e vencer esta nomeação". Em comunicado enviado à imprensa, a vice-presidente descreveu sua amizade com Biden e narrou planos para a disputa presidencial. "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata — e unir nossa nação — para derrotar Donald Trump e sua agenda extrema do Projeto 2025", disse a vice-presidente.
Kamala precisa do apoio de 1.969 dos 3.936 delegados democratas para garantir sua indicação na convenção. Biden era o candidato presumido do partido, mas não tem poder direto sobre a escolha do candidato formal dos delegados. A convenção do partido deve acontecer entre 19 e 22 de agosto.
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