Trens da França sofrem sabotagem a poucas horas da abertura das Olimpíadas

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1. Sabotagens na rede de trens afeta 800 mil passageiros na França. A companhia ferroviária pública afirma que se trata de um "ataque maciço visando paralisar a rede" a poucas horas da abertura das Olimpíadas, sobretudo as linhas de grande velocidade que circulam no oeste, norte e leste do país. Segundo a companhia, são incêndios provocados deliberadamente para danificar as instalações. O ministro francês dos Transportes declarou que a simultaneidade dos incêndios e artefatos incendiários apontam uma ação criminosa. A operação não foi reivindicada até o momento. O tráfego ferroviário terá problemas pelo menos até este fim de semana. Além de afetar os visitantes que assistirão à abertura dos Jogos, milhares de franceses pretendem viajar de férias.

2. Abertura dos Jogos de Paris terá desfile pelo Sena e segurança de 45 mil policiais. Mais de 10 mil atletas serão transportados em várias embarcações que vão percorrer 6 km do rio Sena, passando pelos principais monumentos da cidade até a área da Torre Eiffel, onde estarão mais de uma centena de chefes de Estado. O evento reunirá 326 mil espectadores às margens do rio, com acesso fortemente controlado, e deve durar quatro horas. A programação foi mantida em segredo, mas a imprensa francesa especula que haverá apresentações da cantora canadense Céline Dion e de Lady Gaga. O nome de quem será a última pessoa a carregar a tocha também não é conhecido e muitos apostam que será o ex-jogador Zidane.

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Imagem: David Davies - PA Images/PA Images via Getty Images

3. Campanha presidencial na Venezuela termina em meio a preocupações sobre transparência das eleições. Milhares de pessoas participaram dos últimos comícios de Nicolás Maduro, que busca um terceiro mandato, e do candidato da oposição, o ex-diplomata Edmundo González, favorito na maioria das pesquisas. Maduro afirmou recentemente que pode haver um "banho de sangue" no país se não for reeleito. O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca alertou que "qualquer repressão e violência política é inaceitável." González lamentou a decisão do Brasil de não enviar observadores após críticas de Maduro ao TSE, ressaltando que isso é um "mau sinal", e disse ter confiança de que as Forças Armadas respeitarão o resultado das eleições.

4. Chefões do cartel mexicano de Sinaloa são presos nos EUA. "El Mayo" Zambada e Joaquín López, filho do traficante El Chapo, foram detidos no Texas logo após aterrissarem em um jato particular, segundo o governo americano. Eles eram procurados há anos e são acusados de vários crimes, incluindo a produção e envio de fentanil aos EUA. O procurador-geral americano, Merrick Garland, classificou Sinaloa como uma das organizações de narcotráfico mais violentas e poderosas do mundo. O grupo também é acusado de assassinar inúmeros políticos no México. "El Mayo" participou da criação do cartel junto com El Chapo, que já cumpre prisão perpétua nos EUA.

5. PIB dos EUA cresce 2,8% no segundo trimestre, superando projeções. Os mercados aguardavam um avanço de 2,1%. A aceleração do crescimento econômico foi impulsionada pelo aumento do consumo, investimentos empresariais e exportações, segundo o departamento de comércio dos EUA. O resultado é uma nova prova da robustez da economia, apesar dos juros altos, afirma o The New York Times. Analistas estimam que os dados do segundo trimestre podem influenciar as futuras decisões do BC americano sobre cortes nas taxas de juros. A autoridade monetária se reúne na próxima semana e se espera que ela sinalize quando decidirá sobre isso se a inflação continuar desacelerando.

Deu no Clarín: "Há ceticismo quanto ao papel dos observadores internacionais nas eleições da Venezuela". O jornal argentino escreve que, apesar das presidenciais do dia 28 representarem os maiores riscos para o chavismo nas últimas duas décadas, com a possibilidade de Nicolás Maduro perder o poder, inúmeros especialistas ouvidos pela publicação têm dúvidas sobre o processo eleitoral. O regime deu sinais preocupantes, sobretudo em razão dos obstáculos para que a oposição participasse livremente. Analistas ressaltam que os observadores internacionais são úteis se eles são independentes e podem trabalhar livremente. Um deles afirma que há observadores partidários, que servem para legitimar um processo eleitoral potencialmente fraudulento. Leia mais.

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