Evo Morales desafia Justiça e convoca congresso partidário
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Evo Morales desafiou a Justiça Eleitoral boliviana convocando seus seguidores para um congresso partidário que havia sido suspenso na semana passada em um acordo entre governo, partidos e juízes. Ficou decidido "levar adiante nosso Congresso Nacional neste 3 de setembro, com ou sem supervisão do Tribunal Supremo Eleitoral", escreveu Morales em sua conta na rede X. O ex-presidente (2006-2019) tenta reverter por meio da pressão popular uma decisão que o inabilitou a disputar mais um mandato. Morales mantém alto nível de popularidade e trava uma queda de braço pelo controle de seu partido, o MAS, com o ex-aliado e atual presidente Luis Arce.
Rússia bombardeia Ucrânia pelo 2º dia
A Rússia voltou a intensificar os bombardeios contra a Ucrânia nesta terça, depois de realizar um dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra na segunda. Mísseis e drones atingiram dezenas de regiões ucranianas e mataram pelo menos quatro pessoas, disseram militares ucranianos. Segundo testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters, houve pelo menos três explosões na capital, Kiev. Os ataques ocorrem no momento em que a Ucrânia realiza uma bem-sucedida incursão no território russo. Ontem, o governo de Putin afirmou que a invasão ucraniana "terá resposta".
Diretor do CNE: "Não recebi provas" da vitória de Maduro
O diretor do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Juan Carlos Delphino, disse "não ter recebido nenhuma prova" da vitória de Nicolás Maduro na eleição presidencial de julho. Delphino disse, em entrevista exclusiva ao New York Times, que estava na sede do CNE no dia da eleição, mas decidiu ir para casa quando percebeu que o presidente do conselho, Elvis Amoroso, do partido de Maduro, anunciaria a vitória "irreversível" do candidato chavista. Até hoje, o CNE não apresentou os resultados da votação por urna. "Estou envergonhado e peço perdão ao povo venezuelano. O objetivo de realizar eleições aceitas por todos não foi alcançado", disse. Delphino era um dos dois representantes de partidos da oposição no conselho, composto por cinco diretores.
Trump põe debate em dúvida
Donald Trump colocou em dúvida sua participação no debate marcado para o dia 10 de setembro na rede de TV ABC. "Por que eu debateria com Kamala naquela rede?", escreveu Trump em sua rede social, Truth. A postagem foi feita após a campanha de Kamala pedir que os microfones dos dois ficassem ligados o tempo todo durante o evento, o que permitiria que um interrompesse o outro. "A vice-presidente está pronta para lidar com as constantes mentiras e interrupções de Trump em tempo real", disse a campanha de Kamala. Trump falou que não vê problemas nos microfones ligados, mas disse que o acordo anterior, com Biden, era que os microfones ficassem desligados e aproveitou para atacar Kamala. "Eles estão tentando sair dessa porque ela não quer debater. Ela não é uma boa debatedora."
Turbulência em foco
Autoridades da aviação pedem plano global para turbulências. O tema foi levantado por órgãos reguladores da Ásia ontem na conferência da Organização Internacional da Aviação Civil, em Montreal. Eles pedem investimentos na melhoria das previsões do fenômeno e a inclusão da turbulência no plano de segurança global de aviação. A preocupação com o problema aumentou depois do recente incidente com um voo para Londres da Singapore Airlines, que deixou um morto e dezenas de feridos. Em 2024, as turbulências responderam por 40% dos acidentes em voos comerciais. Especialistas dizem que as mudanças climáticas podem tornar esses eventos extremos mais frequentes.
Capitão investigado
A polícia italiana está investigando a conduta do capitão James Cutfield, do mega iate que naufragou na costa da Sicília. Sete das 22 pessoas a bordo morreram, entre elas, o magnata irlandês Mike Lynch. Cutfield é investigado pela suspeita de negligência e homicídio culposo. O inquérito quer esclarecer como um iate tão grande afundou tão rapidamente enquanto um barco menor passou pela tempestade sem sofrer danos.
Deu no Wall Street Journal
Zuckerberg diz que foi "errado" a Casa Branca pressionar o Facebook durante a pandemia. O CEO da Meta, dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, se refere a pedidos do governo Biden para remover do Facebook conteúdos sobre a covid-19, incluindo postagens satíricas, sob o argumento de que eram fake news e atrapalhavam o combate à doença. A empresa "fez algumas escolhas que não faríamos hoje", disse Zuckerberg em uma carta ao chefe do comitê da Câmara dos Deputados sobre o Poder Judiciário, Jim Jordan, do Partido Republicano. O empresário também disse estar pronto para "resistir, caso isso ocorra de novo". Leia mais.
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