Conteúdo publicado há 1 mês

Juiz decide que Harvard deve responder por antissemitismo contra alunos

O juiz Richard Sterns decidiu que a Universidade Harvard deve responder por antissemitismo após alguns alunos judeus dizerem que foram atacados por manifestantes pró-Palestina no campus.

O que aconteceu

Harvard "falhou com seus estudantes judeus", decide juiz. Para Richard Sterns, a universidade agiu com indiferença perante as reclamações de alunos judeus que se sentiam "inseguros" no campus. "Os protestos, às vezes, foram confrontacionais e fisicamente violentos, e os demandantes temem legitimamente sua repetição", escreveu Sterns. "Os demandantes alegaram plausivelmente que foram submetidos a assédio severo, generalizado e objetivamente ofensivo."

Harvard alegou liberdade de manifestação. Em sua defesa, a universidade afirmou que não impediu os protestos para manter os direitos de expressão dos manifestantes, que pediam o fim da ocupação de Israel na Palestina.

Em dezembro, presidente da universidade condenou violência contra alunos judeus. "Apelos à violência ou genocídio contra a comunidade judaica, ou qualquer grupo religioso, ou étnico, são vis, não têm lugar em Harvard", disse Claudine Gay. "Aqueles que ameaçam os nossos estudantes judeus serão responsabilizados", concluiu.

Alunos que participaram de manifestações também processaram Harvard. Em janeiro, estudantes da universidade afirmaram que a instituição não protegeu elas de assédio, intimidação e ameaças. "Em vez de fornecer proteção ou recursos, Harvard respondeu aos pedidos de ajuda dos estudantes a portas fechadas e, em alguns casos, às ameaças - por parte daqueles em posições de poder - de limitar ou retirar as futuras oportunidades acadêmicas dos estudantes", disse o grupo.

Mais de 3.200 manifestantes pró-Palestina foram presos. Os protestos foram realizados em universidades em todos os Estados Unidos por estudantes. Algumas administrações realizaram acordos com os alunos ou esperaram os grupos se dissiparem, enquanto outras chamaram a polícia, que muitas vezes repeliu os alunos com violência.

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