Conteúdo publicado há 18 dias

O que é Hezbollah, grupo extremista libanês em guerra contra Israel

O grupo extremista Hezbollah, movimento libanês envolvido em uma intensificação de ataques mútuos contra Israel desde sábado (24), surgiu há mais de 40 anos, quando palestinos instalaram base no Líbano em meio a uma guerra civil.

O que aconteceu

Grupo extremista controla parte do território libanês. Consolidado como partido político legítimo com participação em eleições parlamentares e que elegeu deputados, o Hezbollah, conhecido como "Partido de Alá" em tradução livre, providencia até serviços sociais em algumas regiões do Líbano onde atua.

Apoio iraniano. Após firmar aliança com o Irã, o Hezbollah passou a servir de modelo, fornecendo treinamento para outros grupos apoiados pelo país no Oriente Médio. O chamado "Eixo da Resistência", formado por grupos que atacam Israel com apoio do Irã, também conta com a participação do Hamas e outros movimentos armados xiitas no Iraque e Síria.

Hezbollah é considerado como grupo terrorista por Israel, EUA, União Europeia e Conselho de Cooperação do Golfo. Em 2006, o movimento entrou em uma guerra contra Israel que durou 34 dias, causando a morte de mais de 1,1 mil libaneses, segundo a Human Rights Watch. No confronto, oito soldados israelenses foram mortos e outros dois acabaram sendo sequestrados.

Maior poderio armado dentro do Líbano. Apontado como um dos grupos militarizados não-estatais mais armado do mundo, já realizou diversos ataques a forças israelenses e norte-americanas. O grupo luta contra a presença de Israel em zonas de fronteiras contestadas.

Escalada de violência

Governo israelense usou mais de cem jatos para destruir bases do Hezbollah no Líbano. O governo de Benjamin Netanyahu justificou a ação sob a alegação de ser um ato de "autodefesa".

Já o Hezbollah afirmou que disparou mais de 320 mísseis e drones contra as bases militares e centros do Mossad, em Israel. Segundo o grupo, a operação teria sido "concluída".

Negociações sobre cessar-fogo em Gaza vivem impasse. Em meio a esse cenário, as diplomacias nos EUA, de países árabes e Europa temem que a nova tensão conduza a região a uma guerra regional.

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Em Washington, Joe Biden, presidente dos EUA, passou a acompanhar de perto os acontecimentos nas últimas horas. Mas a Casa Branca insistiu que o governo norte-americano continua comprometido com o "direito de Israel de se defender".

Na ONU, a tensão é considerada "alarmante". Em uma declaração, o Escritório do Coordenador Especial das Nações Unidas para o Líbano (Unscol) e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) pediram a todas as partes que evitassem uma escalada maior.

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