Tales: Tarcísio e foco na periferia ajudaram Nunes a diminuir rejeição
O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o foco na periferia ajudaram o prefeito Ricardo Nunes (MDB) a diminuir sua rejeição na disputa pela Prefeitura de São Paulo, avaliou o colunista do UOL Tales Faria no UOL News desta quinta-feira (12).
Rejeição de Nunes na pesquisa Datafolha divulgada hoje é de 19%, contra 37% de Boulos (PSOL) e 44% de MarçaL (PRTB).
Não ter o Bolsonaro na campanha ajudou o Ricardo Nunes. O ex-presidente tem muita rejeição em São Paulo. Já o Tarcísio, ao contrário, está ajudando muito. Aliás, a campanha do MDB, pelo o que eu apurei, está agradecidíssima ao Tarcísio, acha que o Tarcísio é fundamental. Ele tem uma avaliação similar ao do Lula, segundo as pesquisas do MDB.
Segundo os emedebistas, o Nunes cresceu dentre os eleitores do Bolsonaro, mas foi por causa do Tarcísio. Isso significa que eles não devem grandes coisas ao Bolsonaro não. Bolsonaro vai sair dessa eleição como não tendo sido responsável pela vitória, se tiver, do Ricardo Nunes. E nem pela ida do Ricardo Nunes ao segundo turno, porque Bolsonaro ficou em cima do muro o tempo inteiro.
Tales Faria, colunista do UOL
O colunista afirma que tudo indica que a disputa para o segundo turno ficará entre Nunes e Boulos e avalia que os dois acertaram a estratégia ao escantearem Marçal.
Tem pouco tempo para a eleição, não creio que haverá uma grande mudança daqui até lá. Para mim, está praticamente definido quais são os dois que irão para o segundo turno: o Nunes e o Boulos. O Marçal foi uma onda que chegou e assustou. A outra questão é que a estratégia do Nunes e do Boulos estava certa. Tales Faria, colunista do UOL
Um escolheu o outro como adversário e estão polarizando nos programas de TV. O Boulos está batendo firme no Nunes. Nunes está respondendo. Quer dizer, eles estão polarizando entre eles e escantearam o Marçal. Acho que é uma estratégia correta dos dois e que está dando certo. Tales Faria, colunista do UOL
Ricardo é o candidato dos mais pobres e o mais pobre é um voto mais pragmático: um cara que vai lá e vota se ele está com comida na mesa, é o voto do asfalto. Ocorreu que ele cresceu com a TV, porque o horário eleitoral mostrou as obras que ele tem feito na periferia. Também subiu a gestão dele, de 26% para 31%, isso significa que ele ainda pode crescer mais. Já Boulos não conseguiu chegar no eleitor que é lulista, mas não é esquerdista. Tales Faria, colunista do UOL
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