Jornal sobre naufrágio do Titanic é encontrado em armário após 112 anos
Um jornal de 1912 que falava sobre a tragédia do Titanic foi encontrado em um armário na Inglaterra depois de mais de um século.
O que aconteceu
A manchete do jornal britânico Daily Mirror dizia: "Uma das milhares de tragédias que fizeram do naufrágio do Titanic o mais horrível da história do mundo". O jornal foi publicado em 20 de abril de 1912, seis dias após o navio atingir um iceberg e afundar.
A página mostra duas mulheres em Southampton, a cidade portuária de onde o Titanic partiu, esperando que a lista de sobreviventes fosse publicada. O jornal também informava que, dos 903 tripulantes, apenas 210 se salvaram.
A edição do Titanic foi vendida por US$ 45 (cerca de R$ 253) há duas semanas. Uma página dupla também mostrava imagens dos passageiros a bordo.
Ontem foi um dia terrível na história da cidade, embora tenha posto fim a todo o suspense. Uma lista dos sobreviventes foi afixada do lado de fora dos escritórios da White Star, e mães e esposas que estavam esperando contra a esperança leram ansiosamente os nomes, apenas para descobrir que seus piores medos se realizaram. Para alguns, é claro, a lista continha notícias gloriosas, mas eles silenciaram sua alegria na presença da terrível tristeza de seus amigos e vizinhos.
Trecho do jornal Daily Mirror
Jornal foi descoberto durante limpeza em uma propriedade na cidade de Lichfield, na Inglaterra. "O jornal foi encontrado graças à avó do nosso cliente idoso", explicou Charles Hanson, proprietário da casa de leilão Hansons. "Ela guardou jornais marcando eventos importantes, como a coroação do Rei George V em 1911, bem como o naufrágio do Titanic. É uma peça valiosa da história social".
O naufrágio do Titanic deixou mais de 1.500 mortos em sua viagem inaugural. Ele afundou após bater em um iceberg no Atlântico na noite de 14 de abril de 1912, apenas quatro dias após zarpar.
O navio não tinha botes salva-vidas suficientes para todas as 2.200 pessoas a bordo. Na época, o Titanic era o maior navio de passageiros em serviço e era considerado "inafundável".
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