EUA dizem ter realizado 15 ataques contra rebeldes no Iêmen
O Exército dos EUA disse, nesta sexta-feira (4), que realizou pelo menos 15 ataques contra rebeldes no Iêmen.
O que aconteceu
Alvos atingidos pertenciam ao grupo Houthis, apoiado pelo Irã. Os bombardeios atingiram instalações militares dos rebeldes. Os americanos justificaram o movimento como uma forma de proteger a "liberdade de navegação no Mar Vermelho", após semanas de ataques vindos de agentes do Houthis a navios que tinham como destino Israel.
Os Houthis, por sua vez, acusaram os EUA e o Reino Unido de realizarem ataques aéreos em quatro cidades do Iêmen nesta sexta. Sete desses ataques tiveram como alvo o Aeroporto de Hodeidah e a área de Katheeb em Hodeidah, segundo informação divulgada pela rede Al-Masirah TV, administrada pelo grupo.
Reino Unido negou envolvimento no movimento militar. Já Israel informou à CNN que não tinha informações sobre os ataques.
Grupo é definido como "rebelde" no Ocidente em virtude do apoio recebido pelo Irã. Eles formaram a principal força militar e institucional do Iêmen ao longo dos últimos dez anos. Além disso, o grupo controla desde 2014 a capital Sanaa com todos os Ministérios e o Banco Central, bem como partes das regiões do centro e norte.
Tensão na região
Ataque do Irã contra Israel no início da semana pegou autoridades de surpresa. O lançamento de cerca de 200 mísseis fez as sirenes de alerta soarem em todo território. Explosões foram ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém, duas das maiores cidades israelenses. Alguns dos foguetes disparados caíram em pontos isolados, como foi o caso de Arad.
Nenhum ferido foi relatado em território israelense. Um palestino de 37 anos morreu na Cisjordânia, durante os ataques do Irã contra Israel. Sameh al-Asali foi atingido por fragmentos de um míssil interceptado por Israel, conforme relatou o governador Hosain Hanayel à AFP. Outros quatro palestinos ficaram feridos também por estilhaços.
Israel diz que Irã cometeu erro grave
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o Irã cometeu um "grande erro" com o ataque e que "pagará" o preço pela ação.
Promessa de retaliação aos ataques ocorreu em declaração do premiê no início de uma reunião do gabinete de segurança. "O regime no Irã não entende nossa determinação em nos defender e nossa determinação em retaliar nossos inimigos", afirmou o político.
Ao contrário dos ataques telegrafados de abril, quando os iranianos avisaram por canais informais que iriam lançar mísseis sobre Israel, desta vez a ofensiva foi radicalmente diferente. O assassinato de lideranças e a ofensiva terrestre colocaram uma pressão inédita para que Ali Khamenei, líder iraniano, tivesse de agir.
*Com informações da Deutsche Welle e Ansa
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