Gulen, ex-aliado de Erdogan acusado de tentar golpe, morre aos 83 anos

O clérigo turco Fethullah Gulen morreu no domingo (20) aos 83 anos, anunciaram aliados. Ele era considerado um rival do presidente Recep Tayyip Erdogan.

O que aconteceu

Governo turco tratava Gulen como terrorista. Ele foi acusado de liderar uma tentativa de golpe em 2016. Na ocasião, soldados tomaram aviões de guerra, tanque e helicópteros na tentativa de tomar o poder. Cerca de 250 pessoas morreram.

Gulen sempre negou envolvimento no golpe. Ele vivia em um exílio autoimposto nos Estados Unidos desde 1999.

Ele é conhecido por fundar o Hizmet, um forte movimento islâmico na Turquia e em outros países. Após a tentativa de golpe, Erdogan prometeu acabar com a influência de Gulen na Turquia e chamou os integrantes do Hizmet de traidores. Hoje, uma autoridade turca afirmou que o país continuaria a combater o grupo. "A determinação da nossa nação na luta contra o terrorismo continuará, e a notícia de sua morte nunca nos levará à complacência", disse o ministro das Relações Exteriores, Hakan Fidan.

A causa da morte não foi divulgada. Herkul, um site que publica os sermões de Gulen, disse no X que ele estava internado em um hospital nos Estados Unidos.

Gulen e Erdogan eram aliados até 2013. A relação começou a se deteriorar quando uma investigação sobre corrupção se aproximou de ministros e autoridades ligados a Erdogan. O governo turco diz que as investigações foram lideradas por promotores e policiais que fazem parte do Hizmet.

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