Musk defende sorteios de US$ 1 milhão a quem assina petição conservadora
O bilionário Elon Musk, dono da Tesla e da Space X, defendeu sorteios de US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões na cotação atual) a eleitores que se registraram em alguns estados para assinar petição com tendência conservadora. Os ganhadores foram anunciados ao longo da semana.
O que aconteceu
Objetivo do magnata é tirar do papel projetos de emendas sobre liberdade de expressão e direito ao porte de armas. No início de outubro, Musk já havia anunciado a oferta de US$ 47 (R$ 267) para aqueles que se engajarem. Depois, o bilionário aumentou o valor para US$ 100 (R$ 568) e prometeu fazer os sorteios diários no valor milionário.
Professor Brian Bauer, de Wisconsin, pai de três filhos, foi um dos ganhadores. Ele apareceu ao lado da família e com o cheque de US$ 1 milhão em mãos. A petição ficou no ar até a última segunda-feira (21). A meta era atingir um milhão de eleitores. A oferta e a petição são válidas apenas para Pensilvânia, Geórgia, Nevada, Arizona, Michigan, Winconsin e Carolina do Norte, estados considerados decisivos na eleição presidencial.
Caso repercutiu nas redes sociais e dividiu opiniões de especialistas. A polêmica fez o Departamento de Justiça dos Estados Unidos enviar carta a grupo conservador sobre a possível ilegalidade. "Para deixar claro, esta não é uma petição para votar ou registrar alguém. É realmente uma petição em apoio à Constituição dos Estados Unidos e, em particular, à liberdade de expressão e ao direito de portar armas", disse ele, durante evento nesta sexta-feira (25).
Musk não se manifestou abertamente sobre carta enviada pelo Departamento de Justiça americano.
Petição foi lançada pelo grupo conservador The America PAC. O grupo foi criado por Elon Musk e conta com o apoio de vários empresários engajados para apoiar a campanha presidencial do republicano Donald Trump. O objetivo principal do grupo é financiar operações de angariação de fundos. A imprensa americana diz que Musk doou US$ 75 milhões para a campanha de Trump.
Programa apoia a 1ª e a 2ª emendas da Constituição. Segundo a rede de TV NBC News, o movimento não violaria as leis de financiamento de campanha, que tornam ilegal pagar pessoas para se registrarem para votar, porque, diz a emissora, "o pagamento é pela assinatura da petição e indicação de eleitores registrados para assinar a petição, e não pelo registro".
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