EUA: Esquilo influencer é preso e sacrificado por risco de transmitir raiva

O esquilo Peanut, um animalzinho influencer que ficou famoso no Instagram, foi apreendido e sacrificado por autoridades de Nova York, nos EUA, após denúncias de vizinhos sobre posse ilegal de animais selvagens e riscos à saúde pública, o que gerou indignação e mobilizou uma onda de apoio nas redes sociais.

O que aconteceu

A morte do esquilo foi marcada por denúncias de posse ilegal e riscos à saúde pública. O DEC (Departamento de Conservação Ambiental) de Nova York apreendeu Peanut e um guaxinim batizado de Fred na casa do tutor de ambos, Mark Longo, em Pine City, na quarta-feira (30). A operação foi motivada por denúncias de vizinhos sobre a presença de animais selvagens na residência, acendendo o alerta para potenciais riscos sanitários.

O Departamento de Conservação Ambiental decidiu pela eutanásia dos animais devido ao risco de raiva. Durante a operação, um oficial do DEC foi mordido por Peanut, o que, segundo a CBS New York, motivou o sacrifício do esquilo e do guaxinim para "testes sanitários". Na sexta-feira (1°), o animal foi sacrificado, gerando revolta entre seus seguidores e mobilizando uma campanha online com dezenas de milhares de apoiadores. Cerca de 38 mil pessoas já assinaram um abaixo-assinado no Change.org, que pede justiça para o esquilo.

Peanut contava com mais de 560 mil seguidores somente no Instagram. Entre os conteúdos compartilhados, estavam vídeos dele interagindo com brinquedos, experimentando alimentos, explorando diferentes áreas da casa e momentos em que ele se aninhava no colo de seu tutor, Mark Longo, para receber carinho.

A ação do governo e a força da operação provocaram uma reação de indignação do tutor. "Foram necessários tantos oficiais para invadir minha casa e levar meu esquilo?", questionou Longo, que descreveu o episódio como uma "violação desnecessária" da tranquilidade de sua família, segundo a NBC News. Ele acrescentou: "Peanut era mais do que um animal de estimação; ele era parte da nossa família. Eu nunca pensei que perderia ele desta forma".

Nos Estados Unidos, a posse de animais silvestres como animais de estimação é fortemente regulamentada e, em muitos casos, proibida. As leis variam conforme o estado, mas, em Nova York, é ilegal manter animais selvagens, incluindo esquilos, sem uma licença especial. O DEC afirma, em seu site oficial, que a posse de animais selvagens sem a devida autorização é proibida, visando proteger a saúde pública e o bem-estar dos animais.

Para quem deseja abrigar ou cuidar de animais selvagens, é necessário obter uma licença de reabilitação da vida selvagem. O processo envolve treinamento e experiência prática em centros de reabilitação. Sem essa licença, é proibido manter animais selvagens em casa. Essa regulamentação se aplica a diversas espécies, incluindo esquilos e guaxinins, que podem transmitir doenças ou apresentar riscos em ambientes urbanos.

Crítica de Elon Musk

Após o sacrifício, o caso de Peanut ganhou ainda mais repercussão com o apoio do empresário Elon Musk. O dono do X (antigo Twitter) e da SpaceX compartilhou na plataforma um vídeo do investidor norte-americano Colin Rugg, no qual Longo e a esposa falam sobre o caso. "The government should leave people and their animals alone" (O governo deveria deixar as pessoas e seus animais em paz), escreveu Musk, amplificando as críticas à intervenção do DEC.

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Com o impacto emocional e financeiro da perda, Longo também buscou ajuda pública. Ele criou uma campanha no GoFundMe para custear despesas legais e manter o santuário de animais P'Nuts Freedom Farm, lar de Peanuts, Fred e dezenas de outros animais, arrecadando cerca de US$ 13.500 até agora. Longo escreveu no Instagram: "Nós não vamos deixar que essa seja a última lembrança de Peanut". Ele espera que o apoio de seguidores mantenha o legado do esquilo influencer e o propósito de ajudar outros animais em situação de risco.

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