Conteúdo publicado há 27 dias

Quem é Tom Homan, o novo 'czar da fronteira' escolhido por Donald Trump

Donald Trump, o presidente-eleito dos Estados Unidos, escolheu o novo controlador da fronteira do país com o México, que deve executar as promessas de campanha de deportar imigrantes ilegais em massa.

Quem é Tom Homan

Homan defende separação de famílias de imigrantes. O ex-policial é a favor da deportação de imigrantes ilegais nos Estados Unidos e de tratamento severo com estrangeiros que atravessem a fronteira ilegalmente. Ele liderou um aumento de 40% na prisão de imigrantes sob Trump, e chegou mesmo a prender mulheres grávidas.

Escolhido de Trump é considerado o criador da política de separação de famílias. Homan foi o primeiro a propor, em 2014, que as forças americanas separem pais imigrantes de seus filhos, com a intenção de desencorajar novos estrangeiros de entrarem ilegalmente no país. Sobre isso, disse que está sendo processado até hoje, mas que "está farto de ouvir falar das separações de famílias", mas que "não dá a mínima". "O ponto principal é que aplicamos a lei.", complementou em discurso na Conferência do Comitê de Ação Política Conservadora.

Sob a administração de Obama, realizou maior operação de deportação da história americana. Em 2013, Tom Homan foi apontado por Barack Obama como diretor associado executivo de operações de execução e remoção do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos), e contribuiu com o recorde de 432 mil deportações em um ano. Dois anos depois, foi premiado pelo democrata com um Presidential Rank Awards, concedido pelos presidentes a oficiais de nota do governo.

Escolhido foi chefe de órgão de deportação durante último governo de Trump. Homan se tornou diretor do ICE no governo Trump, entre janeiro de 2017 e junho de 2018, ano em que resolveu se aposentar para passar mais tempo com a família. Em 2021, recebeu a Medalha de Segurança Nacional do republicano.

Tom Homan trabalha na fronteira desde 1984. Ele começou sua carreira como policial na pequena cidade de West Carthage, mas deixou-a quando ingressou na Patrulha da Fronteira em 1984. Lá, trabalhou como agente, investigador e supervisor antes de ser contratado pelo ICE, em 2003, durante sua criação.

Novo 'czar da fronteira' ajudou a elaborar o Projeto 2025. Se trata de um documento que propõe mudanças em todo o governo americano, especialmente nas políticas econômicas e sociais e na relação entre o governo federal e suas agências. O texto traz planos para criminalizar a pornografia, acabar com a venda de pílulas abortivas, revogar leis ambientais e de mudanças climáticas e tomar controle do Departamento de Justiça e do FBI (equivalente à Polícia Federal brasileira), entre outras sugestões, que devem ser adotadas por Donald Trump.

Homan chamou política imigratória de Biden de "suicídio político". Durante a Convenção Nacional Republicana, em julho, o ex-diretor do ICE disse em discurso: "Tenho uma mensagem para os milhões de imigrantes ilegais que Joe Biden permitiu que entrassem no país, violando a lei federal. Comecem a fazer as malas, porque você está indo para casa!

Trump volta em janeiro, eu estarei em seus calcanhares voltando, e comandarei a maior força de deportação que este país já viu. Eles não viram merda nenhuma ainda. Esperem até 2025.
Tom Homan, em discurso na Conferência Nacional do Conservadorismo

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Em entrevista nesta semana, pediu foco em imigrantes que "ameaçam a segurança nacional". No programa Sunday Morning Futures, da rede conservadora Fox News, disse que deve "concentrar primeiro nas ameaças à segurança pública e às ameaças à segurança nacional, porque são as piores das piores", mas que é possível realizar as deportações "de maneira humana".

Homan também é dono de caridade contra imigrantes. Ele é fundador e dono da Fundação Border 911, organização sem fins lucrativos que diz querer "educar o povo americano sobre os fatos de uma fronteira não segura". "Eles ajudarão todos os americanos a entender que a segurança da fronteira é fundamental para a segurança e prosperidade desta nação e, independentemente das opiniões sobre imigração ilegal, a segurança da fronteira é a chave para a segurança da nossa nação e um aspecto necessário da segurança nacional", complementa o informe.

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