Israel volta a atacar o Líbano, mas diz que mantém cessar-fogo; 9 morrem
As Forças de Defesa israelenses anunciaram, na noite desta segunda-feira (2), que atacaram alvos do Hezbollah após a ofensiva do grupo libanês contra Israel.
O que aconteceu
Nove pessoas morreram, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. De acordo com a pasta, os bombardeios israelenses atingiram dois vilarejos no sul do país.
Esses são os ataques mais mortais desde o começo do cessar-fogo na semana passada. Em um comunicado, Tel Aviv afirma que foram atingidos "terroristas do Hezbollah", dezenas de lançadores e infraestrutura do grupo.
Israel afirma que o ataque lançado mais cedo pelo grupo libanês viola o acordo de cessar-fogo. "O Estado de Israel exige que as autoridades do Líbano cumpram suas responsabilidades e impeçam a atividade hostil do Hezbollah de dentro do território libanês", diz um trecho do texto.
Apesar dos ataques, as Forças de Defesa israelenses dizem que Israel continua defendendo o acordo entre as partes. "As Forças de Defesa estão preparadas para continuar operando onde for necessário e continuarão operando para defender civis israelenses", finaliza o comunicado.
Hezbollah reivindica ataque
Mais cedo, o Hezbollah reivindicou a responsabilidade pelo primeiro ataque a Israel desde o início da trégua. Eles acusaram o exército israelense de violar o cessar-fogo de 27 de novembro.
Hezbollah disparou projéteis contra as colinas ocupadas de Kfarchouba. O território foi tomado por Israel, mas é reivindicado pelo Líbano.
No Telegram, o grupo classificou o ataque a uma instalação militar israelense como uma "resposta defensiva de alerta inicial". Segundo o comunicado, o ataque foi realizado após "repetidas violações" do cessar-fogo por parte de Israel. Pelo menos duas pessoas foram mortas hoje em ataques israelenses no sul do Líbano, informaram autoridades libanesas.
Israel afirmou que responde a "violações do Hezbollah". Em comunicado, o ministro de Relações Exteriores do país, Gideon Saar, disse que atos do Hezbollah "exigem ação imediata".
*com informações da AFP
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