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Os rinocerontes órfãos devolvidos à natureza sem chifres para não atraírem caçadores

Os cinco filhotes tiveram seus chifres removidos (o azul se deve ao spray antisséptico) para evitar caçadores ilegais  - Divulgação/Rhino Revolution
Os cinco filhotes tiveram seus chifres removidos (o azul se deve ao spray antisséptico) para evitar caçadores ilegais Imagem: Divulgação/Rhino Revolution

01/12/2017 14h26

Cinco filhotes órfãos de rinocerontes foram devolvidos à natureza na última semana na África do Sul. As mães desses rinocerontes foram mortas para o comércio de chifres.

Os filhotes foram resgatados, cuidados e reabilitados pela organização de proteção de rinocerontes Rhino Revolution, com base na África do Sul, durante dois anos.

A organização "reabilita" animais que sofreram violências para devolvê-los à natureza, de forma que se mantenham independentes e não domesticados. Seus chifres foram retirados para que eles não virem alvo de caçadores ilegais.

O comércio ilegal de chifres de rinocerontes é uma prática comum em vários países da África.

Rinoceronte 2 - Neil Aldridge - Neil Aldridge
Veterinária faz carinho em rinoceronte cuidado pela organização Rhino Revolution, na África do Sul
Imagem: Neil Aldridge

O material é então traficado para países como China e Vietnã, onde é extremamente valorizado - comparável a ouro. O negócio se baseia na crença, sem base científica, de que o chifre - que é feito do mesmo material que as unhas dos pés - pode curar tudo, de câncer a pedra nos rins.

Os animais vieram de diferentes reservas na África e tinham diferentes idades ao chegar ao "orfanato" da organização.

Rinoceronte 3 - Divulgação/Rhino Revolution - Divulgação/Rhino Revolution
Animais formaram um grupo e foram devolvidos à natureza em reserva na África do Sul
Imagem: Divulgação/Rhino Revolution

Os cinco filhotes foram aos poucos apresentados um ao outro e rapidamente formaram um grupo. Agora que todos têm entre dois e três anos de idade, são grandes o bastante para se defender sozinhos na natureza.

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Pretória , na África do Sul, está acompanhando a adaptação deles à natureza. Os animais estão sendo monitorados à distância para avaliar condição física, comportamento e níveis de estresse e saúde.

Uma vez que se adaptarem a esse novo ambiente, eles serão introduzidos a uma região mais ampla da reserva, onde há rinocerontes brancos, para que possam se integrar aos poucos e se reproduzir quando chegar a hora para assim manter sua população.