Fazendeiro faz cesárea em raposa atropelada e salva 4 filhotes
Um fazendeiro conseguiu salvar quatro filhotes de uma raposa no Reino Unido, ao ver que "se mexiam na barriga" do animal e realizar uma cesárea de emergência.
Chris Rolfe estava a caminho de casa no interior da Inglaterra, tarde da noite, quando viu uma raposa ser atingida por um carro.
Ele parou para examinar o animal, que estava morto, e percebeu movimentos na barriga da raposa.
Rolfe contou a jornais britânicos que "instintivamente" pegou uma faca no carro e realizou uma cesárea, ali na beira de estrada, para retirar os filhotes.
Em seguida, levou os quatro filhotes para sua mãe, Jean, que passou a cuidar deles.
"Chris não tinha esperança de que eles sobrevivessem, mas quis tentar. É um milagre que eles tenham conseguido", diz a britânica.
Jean, de 51 anos, já havia cuidado antes de filhotes órfãos e animais perdidos, incluindo raposas, coelhos e ouriços.
Ela e o filho imediatamente limparam, secaram e aqueceram os filhotes da raposa, e depois passaram a alimentá-los periodicamente com leite.
Rolfe disse que foram "longas noites" cuidando dos bichos. Cinco semanas se passaram até que eles pudessem comer alimentos sólidos.
A única fêmea do grupo foi chamada de Biscuit, ou biscoito. Um dos machos recebeu o nome de Ginger (Ruivo) e os outros dois de Little-Tip e Big-Tip, em referência a manchinhas que eles têm na ponta da cauda.
Quando tiverem idade suficiente, os animais serão soltos na natureza.
"É egoísta dizer isso, mas vai ser difícil demais deixar eles irem", diz Jean.
"Só que (sabemos que) eles são animais selvagens e o objetivo sempre foi deixar que voltassem para a natureza e esperar que possam usar essa segunda chance para viver vidas longas e felizes no lugar a que pertencem."
"É muito emocionante tê-los ajudado a chegar até aqui. Eles são maravilhosos", acrescenta ela.
No final de maio, quando completarem dez semanas, os filhotes serão entregues ao Fox Project, organização britânica que cuida de cerca de 900 raposas feridas ou abandonadas todos os anos no país.
O fundador, Trevor Williams, disse que as raposinhas serão alojadas em uma espécie de curral semisselvagem onde terão bastante espaço para se adaptar à vida ao ar livre, antes de serem libertadas.
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