Quase 100% dos produtos vendidos como ecológicos cometem algum "pecado verde"
Os sete pecados do greenwashing
1. Custo Ambiental Camuflado Rótulo destaca uma qualidade “verde” do produto e esconde outras características que podem representar uma perda ambiental maior. O etanol, por exemplo, é vendido como um biocombustível pois vem da cana, mas, em sua produção, nas plantações, usa quantidades absurdas de agrotóxicos. |
2. Falta de Prova Faltam dados que provem que o produto é correto ambientalmente e as informações não são acessíveis (nem no local de compra, nem na internet). |
3. Informações vagas Como o próprio nome já diz, são aqueles termos como “natural” (arsênio, urânio e mercúrio são naturais, mas venenosos) e “amigo do meio ambiente". |
4. Irrelevância Quando é dado destaque para informações que não são importantes ou úteis na busca do consumidor. Por exemplo, quando uma embalagem traz a mensagem “não contém CFC” como se fosse um diferencial (a substância foi banida por lei há anos). |
5. “O menor dos males” O benefício ambiental do produto pode até ser verdadeiro, mas esconde o impacto da sua indústria como um todo. Por exemplo, pesticidas que se apresentam como ecologicamente corretos. |
6. Informação falsa O pecado menos comum, é quando a marca agrega ao produto declarações ambientais que simplesmente são mentirosas |
7. Falsos Rótulos Transmitir, por texto ou imagens, a ideia de que aquele produto tem um selo de certificação que na verdade não possui. |
Já ouviu falar no termo greenwashing? Ele foi amplamente divulgado há vinte anos, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais tarde conhecida como Rio92. Duas décadas depois, com a Cidade Maravilhosa sediando novamente o evento político internacional para discutir o desenvolvimento sustentável do planeta, o termo está mais em uso do que nunca. Greenwashing, segundo o dicionário Cambridge, significa: "fazer com que as pessoas acreditem que sua companhia está atuando mais para proteger o meio ambiente do que de fato está". Soa familiar?
De acordo com a consultoria TerraChoice Environmental, só de 2009 para 2010, o número de produtos que se vendem como verdes subiu 73%. Na mesma medida, aumentou também a preocupação com o quanto verdes de fato são esses itens. Em levantamento de 2010, a TerraChoice garante: 95% dos produtos analisados, nos EUA e no Canadá, cometeram pelo menos um do que a consultoria definiu como "os sete pecados do greenwashing". No Brasil, segundo estudo do administrador Bruno Oliva Peroni, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o número é praticamente o mesmo: 94,7%. O principal "pecado"? Selos falsos.
Pensando nisso, listamos cinco tipos de produto nos quais o consumidor deve ficar de olho antes de levar como "ecológicos". Até porque, a compra onsciente começa com o cliente que, com a mudança seus hábitos, pressiona Governo e empresas a também mudarem os seus.
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