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Rio interdita duas empresas da Baixada por crime ambiental

Equipe vistoria leito do rio Calombé em busca de poluentes e produtos tóxicos - Divulgação/SEA
Equipe vistoria leito do rio Calombé em busca de poluentes e produtos tóxicos Imagem: Divulgação/SEA

Do UOL

Em São Paulo

06/09/2012 18h38

 

A Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro interditou nesta quinta-feira (6) duas empresas por poluir o rio Calombé, na Baixada Fluminense, com o despejo de produtos tóxicos.

A Leusado e a Nero20, que limpam e descontaminam  tanques de navios, de caminhões-tanque e de depósitos de combustíveis, são acusadas de despejar o produto das operações de limpeza diretamente na água, sem tratamento prévio. Os diretores das duas companhias foram detidos e vão responder por crime ambiental.

Além disso, a Transmar, que também atua no setor de limpeza e de descontaminação de óleo, foi autuada e multada por poluição ambiental pela secretaria - ela não foi interditada como as outras duas, pois não lançava o produto sem tratamento diretamente no leito do rio.

O rio Calombé pegou fogo há poucos dias, destruiu casas do entorno e intoxicou cerca de 30 pessoas, segundo a Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais, órgão da secretaria que promoveu a blitz ecológica em Duque de Caxias. O fogo foi provocado por um morador, que queimava lixo no terreno de casa, às margens do rio, e as chamas se alastraram rapidamento devido à alta concentração de óleo inflamável que boiava no leito.

“Além da multa, que pode chegar a R$ 50 milhões, as empresas poluidoras terão que pagar toda a restauração ambiental do Rio Calombé. Não podemos conviver com a impunidade ambiental”, afirmou o secretário Carlos Minc.

A reportagem não conseguiu localizar os responsáveis legais pelas empresas até a publicação desta nota.