Venda de ostras é proibida após toxina ser encontrada em águas de SC
Uma toxina que pode causar paralisia e até a morte foi encontrada nas águas do litoral de Santa Catarina. Em medida de urgência, a Secretaria da Pesca do Estado proibiu nesta quinta-feira (19) o cultivo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões. O consumo e a comercialização desses alimentos também estão interditados.
Santa Catarina cultiva 98% das ostras consumidas no Brasil. Em Florianópolis concentra-se grande parte dessa produção, principalmente, nos bairros açorianos: Ribeirão da Ilha e Santo Antonio de Lisboa.
A toxina conhecida como PSP foi encontrada em uma fazenda de ostras na Ilha João Cunha, no município de Porto Belo (SC).
Há menos de uma semana foi realizada em Florianópolis a 18° Fenaostra, um dos eventos típicos do calendário da cidade, que fez o consumo de ostras disparar. Somente durante a festa foram consumidas 160 mil ostras.
Segundo a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), quase 60% dos moluscos cultivados no Estado são destinados para São Paulo e Rio e Janeiro, os maiores mercados consumidores. No ano passado, foram comercializadas mais de 20 mil toneladas.
Toxina pode causar paralisia
O governo do Estado explicou que o PSP, pertence ao grupo saxitoxina, e pode causar diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais, perda de sensibilidade nas extremidades corpo e, em casos severos, paralisia generalizada e óbito por falência respiratória.
Os sintomas aparecem imediatamente após consumo dos moluscos contaminados.
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina realizará periodicamente nas próximas semanas coletas para monitoramento das áreas de produção. Os resultados definirão se a interdição será derrubada.
Esta não é a primeira vez que o cultivo de moluscos é interditado no litoral catarinense. Já houve suspensões por causa do problema, em menor intensidade, em 2007 e 2008.
Em 2013, a comercialização foi proibida por causa de um vazamento do óleo ascarel no bairro Tapera, em Florianópolis. Em 2014 e 2016, pela presença de uma toxina produzida por algas do gênero Dinophysis, que pode causar intoxicação alimentar. No ano passado, o embargo durou 114 dias.
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