Topo

Governadores da Amazônia Legal apoiam iniciativa da França para a região

Reunião de Jair Bolsonaro com governadores da Amazônia Legal: posturas opostas em relação à iniciativa da França  - Marcos Corrêa/PR
Reunião de Jair Bolsonaro com governadores da Amazônia Legal: posturas opostas em relação à iniciativa da França Imagem: Marcos Corrêa/PR

Do UOL, em São Paulo

23/09/2019 12h28

O Consórcio Amazônia Legal, formado por nove Estados brasileiros, participará do lançamento de uma "aliança coletiva" idealizada pela França para auxiliar na proteção da região amazônica. A informação é do jornal "Valor Econômico".

A postura dos governadores vai na contramão da adotada pelo governo Bolsonaro. Segundo o jornal, a iniciativa sofreu resistência porque há discordância do governo federal em relação ao modelo de governança do fundo que seria criado para proteção das florestas.

Quatro governadores da Amazônia Legal estão em Nova York para manifestar apoio à iniciativa proposta pelo presidente francês Emmanuel Macron, que será apresentada na Cúpula de Ação Climática da ONU. Chile e Colômbia também acompanhar a proposta.

O governador do Amapá e presidente do consórcio, Waldez Góes (PDT), confirmou presença no evento e explicou a posição. "A Amazônia está sendo debatida no mundo todo. Quanto mais ausente o Brasil ficar desses debates, mais causa dará às interpretações fora da realidade que estamos vivendo. Estamos disponíveis para qualquer convite. Se houver cem países querendo ajudar, tanto melhor. Não há risco nenhum à soberania nacional", disse ao jornal "Valor Econômico".

Segundo o jornal, o fundo de investimentos proposto pela França para a Amazônia tem como modelo a Cafi (Iniciativa pelas Florestas da África Central), voltada para seis países africanos com matas tropicais. O governo Bolsonaro discorda da proposta porque o conselho gestor composto seria só de representantes dos doadores e das ONGs.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, entrou em atrito recente com Emmanuel Macron por causa da política paras as queimadas na Amazônia. Como consequência do embate, o governo recusou US$ 20 milhões (cerca de R$ 83 milhões) oferecidos pelo G7 para a Amazônia.