Grande acordo contra o desmatamento marca segundo dia da COP26

Glasgow, 2 nov (EFE).- As florestas foram as grandes protagonistas do segundo dia oficial da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), após 110 países assinarem o primeiro acordo de importância mundial do evento: US$ 19,2 bilhões, provenientes de recursos públicos e privados, serão destinados à luta contra o desmatamento até 2030.

Além do acordo sobre cuidados florestais e plantação de árvores, a agenda do dia trouxe outras notícias, como a aliança promovida por União Europeia (UE) e Estados Unidos para reduzir as emissões de metano em 30% - um dos principais gases do efeito de estufa -, que contou com a adesão de cerca de cem países, mas a ausência de China, Índia e Rússia.

Também nesta terça-feira, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) confirmou a emissão do primeiro "bônus azul" ligado à saúde dos oceanos e à água limpa na América Latina e no Caribe, assim como a promoção de acordos com organizações multilaterais em todo o mundo para integrar a proteção da natureza nas suas políticas, análises e operações. O rosto midiático do dia foi o do ator americano Leonardo di Caprio, engajado em ações ambientalistas, que fez uma aparição surpresa.

A FRASE.

"Se o mundo fosse uma empresa privada e os seus líderes fossem os diferentes diretores, seríamos todos demitidos hoje". Foi assim que o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado, resumiu a gestão da crise ambiental pelos grandes líderes do planeta ao longo dos últimos anos.

O DETALHE.

Ao contrário da COP25, onde a Espanha criou uma organização impecável em Madri, a COP26, realizada no Scottish Event Campus, em Glasgow, já teve de pedir desculpas por uma série de deficiências: desde as filas intermináveis de horas para entrar à queda esporádica dos servidores de internet e à falta de acesso para pessoas com deficiência, que até deixou de fora a ministra da Energia de Israel, Karine Elharrar, que usa uma cadeira de rodas devido a uma distrofia muscular. O embaixador britânico em Israel, Neil Wigan, pediu desculpa pela situação no Twitter.

A AGENDA.

Entre as atividades planeadas para a quarta-feira está uma entrevista coletiva do governo da Itália, que, embora pareça estar mais apagado, organiza a cúpula junto com o Reino Unido. No fim de semana passado, Roma foi o cenário da cúpula do G-20 que, desta vez, funcionou como "pano de fundo" para a COP26, e onde o compromisso contra as mudanças climáticas foi um dos principais tópicos de discussão. EFE.