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Prefeitura de SP assina compromisso para zerar emissões de sua frota

28/07/2020 - Trânsito de veículos na Radial Leste, na pista sentido centro, em São Paulo. De acordo com a Prefeitura, o rodízio de veículos continua suspenso na capital em dia de atraso na abertura das estações do metrô - WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
28/07/2020 - Trânsito de veículos na Radial Leste, na pista sentido centro, em São Paulo. De acordo com a Prefeitura, o rodízio de veículos continua suspenso na capital em dia de atraso na abertura das estações do metrô Imagem: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

Clarice Sá

Do UOL, em São Paulo

10/11/2021 20h57Atualizada em 11/11/2021 10h47

A cidade de São Paulo assinou um compromisso que prevê acelerar a substituição de veículos movidos a combustíveis fósseis até 2040. O documento foi assinado hoje em Glasgow, na Escócia, durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. A capital paulista, que não constava na primeira versão do documento, foi incluída como participante do acordo ainda nesta quarta-feira (10).

No trecho em referência às cidades signatárias, o texto prevê o compromisso de converter suas frotas de carros e vans próprios ou alugados em veículos com emissão zero até, no máximo, 2035. O documento registra ainda o pacto das cidades para "implementar políticas que permitam, acelerem ou de outra forma incentivem a transição para veículos de emissão zero o mais rapidamente possível, na medida do possível", levando em conta os seus poderes regionais.

Em nota, a prefeitura paulistana afirma que pretende zerar as emissões de poluentes dos veículos de sua própria até 2038. "Quanto ao que se destaca dos demais veículos, frota privada, o documento citado fala da intenção, do estímulo à troca de frota movida por combustíveis fósseis. (...) Ressalta-se que o documento é protocolo de intenções. Uma visão de futuro. Documento que não configura em modo algum falar-se em banir frotas particulares", diz o texto.

Nova Iorque, Los Angeles, Londres, Barcelona e Buenos Aires também fazem parte da lista, além de 24 países —o Brasil está fora do acordo, assim como EUA, China e Alemanha.

Ao citar compromisso de governos nacionais, o documento estabelece um trabalho "para que todas as vendas de novos carros e vans sejam de veículos com emissão zero até 2040 ou antes, ou até 2035 nos principais mercados" e atuar "intensamente para a propagação e a adoção aceleradas de veículos com emissão zero". O documento prevê "uma transição verdadeiramente global, equitativa e justa".

Gigantes do setor automotivo também assumiram o compromisso, como Ford, Volvo, GM e Mercedes-Benz. Para as empresas, o texto prevê apoio "a uma transição acelerada para veículos com emissão zero, em linha com a realização de 100% e vendas de novos carros e vans com emissão zero nos principais mercados até 2035". Volkswagen e Toyota não fazem parte do acordo.