Topo

Esse conteúdo é antigo

Estudo relaciona mudanças climáticas e frequência maior de furacões

Na imagem: ondas geradas pelo furacão Ida batem contra o Farol do Novo Canal, em Louisiana, EUA - Michel DeMocker/Rede USA Today via Reuters
Na imagem: ondas geradas pelo furacão Ida batem contra o Farol do Novo Canal, em Louisiana, EUA Imagem: Michel DeMocker/Rede USA Today via Reuters

03/12/2021 15h31Atualizada em 03/12/2021 15h40

Cientistas do clima debatem há tempos se o Atlântico Norte testemunhou furacões mais frequentes ao longo do último século, dadas as incertezas sobre a confiabilidade dos dados históricos, mas novas pesquisas levam a crer que o aumento é real.

"À medida que você volta no tempo, as observações se tornam cada vez mais esparsas", disse Kerry Emanuel, meteorologista do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).

"Indubitavelmente, perdemos algumas tempestades" na contagem histórica que remete a meados dos anos 1800.

Por isso, ele deixou os registros antigos de lado e recorreu a simulações de computador para recriar as condições do clima dos últimos 150 anos.

Usando três modelos climáticos diferentes, ele então espalhou "sementes" de furacão, ou condições que poderiam produzir uma tempestade, nos modelos para ver quantas sementes se transformavam em tempestades.

O resultado? O número de tempestades no Atlântico, particularmente grandes furacões, de fato se torna mais frequente à medida que as temperaturas globais aumentam, relatou o estudo dele, publicado no período científico Nature Communications ontem.

As descobertas foram bastante condizentes com o recorde de tempestades flagradas por voos e satélites, e anteriormente na terra ou em navios.

Ainda não está claro por que houve mais tempestades no Atlântico, que responde por cerca de 12% dos ciclones tropicais do planeta.

Emanuel disse que uma explicação possível pode ser mudanças nas correntes oceânicas devido às mudanças, mas que pode haver outros fatores.