Clima e queimadas na Amazônia reduziram geleiras dos Andes, diz estudo
Um estudo divulgado hoje apontou que nos últimos 30 anos as geleiras dos Andes tropicais, na América do Sul, diminuíram quase pela metade. O artigo, publicado na revista Remote Sensing, concluiu que os responsáveis por essa redução são as mudanças climáticas e o aumento das queimadas na Amazônia nos últimos anos.
A pesquisa contou com especialistas da iniciativa MapBiomas Amazônia, em colaboração com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a Universidade Nacional Agrária La Molina e o Instituto de Pesquisas em Glaciares e Ecossistemas de Montanha, sendo os dois últimos do Peru,
No período estudado (1990- 2020), os Andes perderam 42% das suas geleiras, segundo o mapeamento de satélite feito pelos pesquisadores. O papel das queimadas na Amazônia para agravar o problema se dá pelo fato da geração do chamado carbono negro que surgem quando os incêndios acontecem.
O carbono negro é uma forma de carbono produzida durante a combustão sem oxigênio de madeira.
Nos últimos 30 anos, o recuo das geleiras foi proporcionalmente maior na Bolívia, com 42,61% de perda. O Peru, que possui a maior área de geleiras dos países andinos, perdeu 41,19%.
As geleiras que estão a menos de 5 mil metros do nível do mar foram as mais afetadas e chegaram a perder 80,25% nos anos contemplados pela observação.
O estudo ressalta que, para além dos impactos ambientais e econômicos, o encolhimento das geleiras representa uma perda de bens culturais, pois as montanhas são parte fundamental das tradições das populações locais. Com isso, a pesquisa alerta para a necessidade de ações conjuntas pelos governos nacionais da região para combater a crise climática, e reduzir os impactos do degelo.
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