Maia diz que Planalto não consegue mais articular pautas na Câmara

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

  • Pedro Ladeira 1.mar.2018/Folhapress

    O presidente Michel Temer ao lado de Rodrigo Maia: críticas ao antigo aliado

    O presidente Michel Temer ao lado de Rodrigo Maia: críticas ao antigo aliado

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (6) que a base aliada do governo Michel Temer (MDB) está desorganizada e a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, não consegue mais negociar a agenda para que a Câmara siga suas matérias de interesse. A pasta atualmente é comandada pelo ministro Carlos Marun (MDB).

Maia, que é pré-candidato à Presidência, falou que a falta de capacidade para a articulação política do Planalto advém desde o ano passado devido às crises enfrentadas por Temer, como as duas denúncias da PGR (Procuradoria-Geral da República) e a greve dos caminhoneiros.

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"Toda a minha articulação é em conjunto com a equipe econômica do governo. A base está desorganizada, o governo está desarticulado e isso atrapalha o nosso trabalho [no Congresso], mas o esforço é permanente. [...] A articulação não parte da Secretaria de Governo do governo. Quem tem comandado são os líderes comigo e com a equipe econômica. O Brasil vive crises. São momentos de tensão e volta à normalidade. Isso tem acontecido desde o ano passado", declarou.

A declaração foi dada durante sabatina de pré-candidatos à Presidência da República promovida pelo jornal Correio Braziliense.

Maia ainda criticou a apresentação pelo governo federal, em fevereiro deste ano, de medidas econômicas que estavam tramitação no Congresso Nacional após desistência de se votar a reforma da Previdência por falta de votos. Segundo Maia, houve uma apropriação da autoria das propostas.

"Primeiro, a agenda das 12 medidas não é do governo, essa agenda foi construída pelo Congresso. A maioria dos temas foi uma articulação minha com o presidente [do Senado] Eunício Oliveira (MDB-CE). Escrevemos, o governo pegou o papel e anunciou pela vontade de ter uma agenda depois de não ter votos para aprovar a reforma da Previdência", disse.

Rodrigo Maia também falou querer apresentar o parecer da reforma tributária junto ao relator Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) em até três semanas. O tema vem sendo rediscutido na Câmara desde o início do governo Temer, em 2016.

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