Estarei no 2º turno, diz Alckmin a empresários; Perillo descarta chapa pura
Daniela Garcia
Do UOL, em São Paulo
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VALÉRIA GONÇALVEZ/ESTADÃO CONTEÚDO
18.jun.2018 - O pré-candidato à Presidência da Republica pelo PSDB, Geraldo Alckmin (SP), participa do evento Fórum Unica 2018, nesta segunda-feira, 18, em São Paulo
Apesar de contar com menos de 10% das intenções de voto em pesquisas recentes, o pré-candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (18) que "tem enormes chances" de disputar o segundo turno.
Além de dizer que a Copa do Mundo impede que as eleições estejam em discussão na sociedade, o ex-governador de São Paulo fez a previsão de que, só depois do feriado de 7 de Setembro, os eleitores vão se preocupar com a escolha do seu candidato.
"Não se impressionem com pesquisa eleitoral fora de hora, para isso existe campanha eleitoral", afirmou a empresários do setor sucroalcooleiro, em São Paulo. Representantes da produção questionaram a competitividade do ex-governador. "Acho que são enormes as chances [de vencer]. Eu acho que eu vou estar no segundo turno. A campanha começa para valer depois da Copa [do Mundo]. E, depois da parada militar, o 7 de Setembro, é que as coisas se definem", argumentou.
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"Ele vai crescer", pontuou o ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB), coordenador político da campanha de Alckmin. Após a palestra de Alckmin, Perillo afirmou que o tucano tem "um compasso natural". Para ele, o PSDB não despontar nas pesquisas presidenciais se deve a uma apatia da sociedade com a política, em geral.
Chapa pura: "Quase impossível"
Em relação ao pré-candidato a vice-presidente, Perillo afirmou que ainda não há uma definição do nome. Ele disse, no entanto, que é quase certo que o PSDB irá compor uma aliança com outro partido na chapa.
"Muito difícil, quase impossível a chapa pura [isto é, com presidente e vice tucanos]. Estamos caminhando para a composição, para um partido que agregue valor para a chapa", disse.
Perillo afirmou também ter "conversas avançadas" do PSDB com os partidos PSD, PTB, PPS e PV para uma aliança no pleito presidencial.
Quanto ao DEM, que apoiou os tucanos nas eleições passadas, o coordenador político disse que respeita o partido, que tem o deputado e presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), como pré-candidato ao Planalto.