Ibope: Requião tem 39% para Senado no PR; Richa cai 11 pontos e vai a 17%
Vinicius Boreki
Colaboração para o UOL, em Curitiba
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Reprodução
15.set.2018 - Beto Richa fala com jornalistas ao deixar prisão no Paraná
O ex-governador Beto Richa (PSDB) caiu 11 pontos entre a pesquisa Ibope do último dia 4 de setembro e a divulgada nesta quinta-feira (27), atingindo 17% das intenções de voto para a disputa pelo Senado no Paraná. Neste intervalo, ele foi alvo de investigações na Lava Jato e chegou a ficar preso.
Agora, Richa está em empate técnico com outros três candidatos: Flávio Arns (REDE), 16%, Oriovisto Guimarães (Podemos), 15%, e Alex Canziani (PTB), 14%. Guimarães disparou 12 pontos percentuais. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Roberto Requião (MDB), que concorre à reeleição, continua liderando a sondagem, com 39%.
Veja as intenções de voto (cada entrevistado podia dar duas respostas):
- Roberto Requião (MDB) – 39%
- Beto Richa (PSDB) – 17%
- Flavio Arns (REDE) – 16%
- Oriovisto Guimarães (Podemos) – 15%
- Alex Canziani (PTB) – 14%
- Mirian Gonçalves (PT) – 7%
- Nelton (PDT) – 3%
- Jacque Parmigiani (PSOL) – 2%
- Rodrigo Reis (PRTB) – 2%
- Roselaine Barroso (Patriota) – 2%
- Zé Boni (PRTB) – 2%
- Rodrigo Tomazini (PSOL) – 2%
- Compadre Luiz Adão (DC) – 1%
- Gilson Mezarobba (PCO) – 1%
- Brancos/Nulos (vaga 1) – 13%
- Brancos/Nulos (vaga 2) – 19%
- Não sabem/Não responderam – 44%
Na última pesquisa para o Senado, divulgada em 4 de setembro, os resultados foram: Roberto Requião (MDB), 43%; Beto Richa (PSDB), 28%; Flavio Arns (REDE), 17%; Alex Canziani (PTB), 11%; Professor Wilson Pickler (PSL), 4%; Mirian Gonçalves (PT), 3%; Nelton (PDT), 3%; Oriovisto Guimarães (Podemos), 3%; Zé Boni (PRTB), 3%; Rodrigo Tomazini (PSOL), 3%; Rodrigo Reis (PRTB), 2%; Roselaine Barroso (Patriotas), 2%; Compadre Luiz Adão (DC), 1%; Gilson Mezarobba (PCO), 1%; Jacque Parmigiani (PSOL), 1%; Brancos/nulos (vaga 1), 13%; Brancos/nulos (vaga 2), 30%; Não sabe/não respondeu: 31%
Richa e seus aliados mais próximos têm sido alvos de investigações do Ministério Público do Paraná, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. No último dia 11, o ex-governador e sua esposa, Fernanda Richa, foram presos na Operação Rádio Patrulha, que investiga desvio de verbas em estradas rurais do estado. Richa e Fernanda foram soltos quatro dias depois por meio de um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
No mesmo dia, a força-tarefa da Operação Lava Jato deflagrou a 53ª fase da investigação, que prendeu o ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo, por supostas vantagens indevidas recebidas nas obras da PR-323.
Na última quarta-feira (26), a 55ª fase da Lava Jato chegou a seu primo, Luiz Abi Antoun, que não foi preso por estar no exterior, e a seu irmão, Pepe Richa, ex-secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, presos temporariamente, investigados por um esquema de propinas que envolvia o chamado Anel de Integração, grupo de seis concessionárias que atuam em rodovias federais do estado.
Encomendada pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC), a pesquisa Ibope foi registrada no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), em 21 de setembro, com o número PR-07128/2018, e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como BR-03369/2018. Foram ouvidos 1.204 eleitores, com 16 anos ou mais, em todas as regiões do estado, entre os dias 24 e 26 de setembro.
O candidato do PSL ao governo do estado do Paraná, Ogier Buchi, tentou barrar a divulgação da pesquisa - que também inclui questões sobre intenções de voto para governador. O desembargador Tito Campos de Paula, da Justiça Eleitoral, negou o pedido, mas determinou o seguinte esclarecimento em sua divulgação: "A pesquisa está sendo impugnada por representação eleitoral em razão de discrepâncias técnicas concernentes à estratificação do eleitorado".
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