Análise: Haddad terá que criar antibolsonarismo para se opor ao antipetismo

Do UOL, em São Paulo

Fernando Haddad (PT) terá que criar um movimento anti-Bolsonaro para ter chances no segundo turno, na visão de Leonardo Sakamoto, blogueiro do UOL. Para ele, será necessário criar um discurso de defesa da democracia no duelo contra Jair Bolsonaro (PSL).

"O Haddad vai ter que fazer uma composição no chamado campo democrático. Acho que há espaço nesse sentido para ele compor [uma união] além da esquerda. Ou seja, abandonando o campo programático das propostas e indo para o campo de defesa da democracia como risco. Criando o antibolsonarismo, nesse caso, para se opor ao antipetismo", afirmou.

Diante desse quadro, a socióloga e professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Esther Solano questionou a posição do PSDB, que vive um momento de ruptura dentro do próprio partido. Geraldo Alckmin, candidato tucano, ficou na quarta colocação na corrida presidencial.

"A gente viu Xico Graziano (fundador do PSDB) saindo do PSDB, o Dória anunciando que apoiaria o Bolsonaro. E, por outro lado, o Fernando Henrique Cardoso dizendo que apoia o Haddad. O PSDB tem uma fratura interna que vai ser interessante", analisou.

"Ele [o partido] vai para o seu habitat natural, que é o muro", concluiu Josias de Souza, colunista político do UOL.

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