Com dois "filhos" presidenciáveis, Pindamonhangaba (SP) rejeitou ambos

Irineu Machado

do UOL, em São Paulo

  • Paulo Lopes/Futura Press/Folhapress

Os eleitores de Pindamonhangaba, município de 164 mil habitantes no Vale do Paraíba, em São Paulo, rejeitaram os dois "filhos da cidade" que concorriam à Presidência da República. Em 313 anos desde sua fundação, esta foi a primeira vez que Pindamonhangaba viu entre presidenciáveis duas pessoas nascidas ali. O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-ministro da Integração Regional Ciro Gomes (PDT), ambos pindenses, ficaram dezenas de milhares de votos atrás do capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro (PSL) em votos computados nas urnas da cidade.

Em Pinda ("apelido" da cidade entre seus moradores), Bolsonaro teve quase 48 mil votos, contra pouco mais de 12 mil de Alckmin e menos de 7.000 votos de Ciro, que ficou em quarto lugar entre os presidenciáveis na cidade, pouco atrás de Fernando Haddad (PT), entre um total de mais de 80 mil votos válidos.

Arte UOL


Governador de São Paulo por quatro mandatos (divididos nos períodos entre 2001 e 2006 e entre 2011 e 2018), Geraldo Alckmin nasceu em Pinda em 7 de novembro de 1952. Formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina de Taubaté, cidade vizinha. Foi em "Pinda" que ele começou sua carreira política: foi vereador na cidade de 1973 a 1977. Em 1977, foi eleito prefeito de Pindamonhangaba aos 24 anos. Continuou a carreira como deputado estadual (1983-1987) e depois como deputado federal (1987-1995). Chegou ao governo de São Paulo como vice do governador tucano Mário Covas (1995-2001)

Ciro Gomes nasceu em Pindamonhangaba em 6 de novembro de 1957, mas seus pais foram morar a 740 km dali, em Adamantina. Aos 5 anos de idade, a família dele foi morar em Sobral (CE), cidade de sua família paterna. Formou-se em direito pela Universidade Federal do Ceará. Ele ainda tem parentes em Pindamonhangaba, onde um tio-avô seu, Francisco Romano de Oliveira, foi prefeito duas vezes (1956-1960 e 1965-1968) e dá nome ao plenário da Câmara Municipal.

Análise: os erros na campanha tradicional de Alckmin

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