Quatro candidatas ligadas a ex-vereadora Marielle Franco são eleitas no Rio

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

  • Divulgação

    Marielle foi assassinada em março de 2018, e o caso ainda não foi elucidado pela polícia

    Marielle foi assassinada em março de 2018, e o caso ainda não foi elucidado pela polícia

Uma amiga e três ex-assessoras da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março, foram eleitas para cargos legislativos estaduais e federais pelo estado do Rio de Janeiro. Elas integrarão as bancadas do PSOL em Brasília e na Alerj, a assembleia legislativa do estado.

Com 107.317 votos, Talíria Petrone foi eleita deputada federal. Ela era vereadora de Niterói e foi a nona parlamentar mais votada no estado. 

Talíria Petrone/Facebook/Divulgação
Talíria Petrone foi eleita deputada federal pelo Rio de Janeiro

Petrone conheceu Marielle na ONG Redes da Maré, que atua na área onde Marielle morou e militou.

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Na câmara estadual a partir de 2019, estarão três mulheres que assessoravam Marielle: a ex-chefe de gabinete Renata Souza (63.937 votos) e as ex-assessoras Mônica Francisco (40.631 votos) e Dani Monteiro (27.982).

Mônica Francisco/Facebook/Divulgalçãop
Mônica Francisco (PSOL) foi eleita para Assembleia Legislativa do RJ

Elas ocuparão três das cinco cadeiras que o PSOL manteve na Alerj. O partido recebeu 6% mais votos do que nas últimas eleições estaduais.

Na sua conta no Twitter, Petrone agradeceu os votos e homenageou Marielle Franco:

Dani Monteiro/Facebook/Divulgação
Dani Monteiro (PSOL) será deputada estadual no Rio de Janeiro

"Três mulheres negras do PSOL para a Alerj. Três assessoras de Marielle Franco. Três sementes que brotaram do asfalto. Que orgulho!"

"Honramos a memória de Marielle Franco. Sou uma das três mulheres negras do PSOL eleita para a Alerj. Nunca mais estaremos sozinhas nos espaços de poder. Mari tá fazendo festa do céu", disse Renata Souza também no Twitter.

Renata Souza/Facebook/Divulgação
Renata Souza é uma das deputadas estaduais eleitas pelo PSOL no Rio de Janeiro

Petrone sofreu ameaças antes da morte de Marielle

Única parlamentar mulher de Niterói, Petrone relata ameaças desde que foi eleita em 2016. Em 14 de novembro de 2017, um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia.

Ela diz que um homem ligava diversas vezes para o gabinete da vereadora e ameaçava jogar uma bomba no local.

"Recuar não está em nossos planos", disse, após o assassinato de Marielle. 

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