Em propaganda na TV, candidatos voltam a se atacar e ignoram propostas
Do UOL, em São Paulo
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Montagem UOL
Os presidenciáveis Jair Bolsonaro (à esq.) e Fernando Haddad
Os candidatos à Presidência da República voltaram se atacar e ignoraram a apresentação de propostas durante a propaganda eleitoral na TV neste sábado (13). O horário eleitoral do segundo turno começou na última sexta-feira (12).
A propaganda de Fernando Haddad (PT) atribuiu ao adversário Jair Bolsonaro (PSL) a disseminação de "fake news" e afirmou que o capitão reformado adotou postura contra os trabalhadores em votações na Câmara dos Deputados. Por sua vez, Bolsonaro criticou a corrupção nos governos petistas e os comparou com regimes comunistas em Cuba e na Venezuela.
No segundo turno, cada presidenciável tem direito a cinco minutos de propaganda em rádio e TV, tempo maior do que o disponível no primeiro turno. Antes, Haddad tinha direito a cerca de dois minutos e meio para falar aos eleitores, enquanto Bolsonaro tinha apenas 8 segundos. Até a votação em segundo turno, no dia 28 de outubro, serão 13 dias de horário eleitoral.
Haddad atribui 'fake news' a Bolsonaro
A campanha de Haddad ressaltou o currículo do petista como professor, ministro da Educação e prefeito de São Paulo. Também tentou trazer um lado pessoal do candidato, falando de seu casamento e de sua habilidade de tocar guitarra.
A propaganda criticou as "fake news" e atribuiu a sua disseminação ao candidato do PSL. Em um dos trechos, a vice na chapa de Haddad, Manuela D'Ávila (PCdoB), afirmou que o livro mostrado por Bolsonaro –que faria parte do chamado "kit gay"– durante entrevista ao "Jornal Nacional" nunca foi distribuído em escolas públicas.
Além disso, a campanha disse que Bolsonaro votou contra os direitos das domésticas, o fundo de combate à pobreza e a favor da reforma trabalhista durante os anos em que foi deputado federal. "Não se engane, Bolsonaro é uma versão piorada do governo Temer", afirmou a propaganda.
Bolsonaro compara governo petista com Cuba e Venezuela
A propaganda de Bolsonaro focou nas críticas aos governos petistas. Primeiro falou sobre a criação do Foro de São Paulo, do qual participaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ditador cubano Fidel Castro e outros líderes da esquerda da América Latina.
Em seguida, comparou os governos do PT com os regimes comunistas de Cuba e Venezuela. "Esse é um sinal de alerta para o que não queremos mais". Também foram feitas críticas à corrupção durante a gestão petista. "Muitos deles (corruptos) já estão presos".
A campanha de Bolsonaro também tentou humanizar o candidato ao falar de sua família. Durante o vídeo, o capitão reformado chegou a se emocionar ao falar da sua filha mais nova. No ano passado, O candidato do PSL foi durante criticado por ter afirmado que teve quatro filhos homens e que na quinta "deu uma fraquejada e veio uma mulher".
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