Para evitar 'erros do passado', Haddad propõe ampliar controle de estatais

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

Em campanha na periferia de São Paulo neste sábado (13), o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, defendeu ampliar os mecanismos de controle nas estatais para evitar "erros do passado". Em discurso a coletivos culturais na Cohab Raposo Tavares, na divisa com Cotia, na Grande São Paulo, Haddad também voltou a endurecer seu discurso contra seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL).

Sobre um maior controle das estatais, Haddad citou sua gestão à frente do ministério da Educação nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT). "Não tivemos caso de corrupção num ministério com R$ 100 bilhões de orçamento", disse. "Esse mesmo tipo de controle eu vou levar para as estatais. São formas de dizer como é que nós vamos evitar erros que foram cometidos no passado".

A Petrobras foi uma das estatais mais prejudicadas por esquemas de corrupção envolvendo acertos com partidos políticos como PT, MDB e PP, entre outros. Para Haddad, esses episódios mostram que faltou controle interno. "Diretores ficaram soltos para promover a corrupção e se enriquecer pessoalmente".

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Sobre o envolvimento de políticos, Haddad disse que se houver comprovação, "tem que ir para a cadeia", mas ressaltou a necessidade de se esperar o trânsito em julgado. Haddad não mencionou Lula, que está preso após condenado em segunda instância por esquemas ligados à Petrobras.

Na periferia, Haddad ouviu críticas de membros de movimentos culturais de que os governos do PT os haviam esquecido. Ele, porém, recebeu apoio das lideranças.

O candidato do PT voltou a criticar Bolsonaro e pediu apoio às pessoas que acompanhavam seu discurso para conquistar mais votos neste segundo turno. "Se a gente levar conhecimento para esse companheiro sobre o que o Bolsonaro pensa da vida, duvido que alguém se mantenha apoiando ele", comentou.

Para Haddad, o adversário só tem apoio "por desconhecimento, não existe outra explicação". "É só por desinformação que alguém pode votar conscientemente nessa figura, que fala coisa tão grotescas contra os negros, as mulheres, os nordestinos, o Bolsa Família".

O petista voltou a ressaltar que cresceu ao longo das três semanas de campanha no primeiro turno e que só precisa de mais oito pontos percentuais para empatar com Bolsonaro. Segundo a última pesquisa Datafolha, o candidato do PSL tem 58% dos votos válidos contra 42% de Haddad.

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