Bolsonaro faz reunião em casa com Ratinho e senadores chilenos

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

  • Reprodução/Twitter

    3.out.2018 - O apresentador Ratinho visita Jair Bolsonaro em sua casa no último dia 3; nesta quarta-feira (17), houve nova visita

    3.out.2018 - O apresentador Ratinho visita Jair Bolsonaro em sua casa no último dia 3; nesta quarta-feira (17), houve nova visita

O apresentador Ratinho e seu filho, Ratinho Júnior (PSD), eleito governador do Paraná no primeiro turno, fizeram nesta quarta-feira (17) uma visita de cerca de 30 minutos ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), no Rio de Janeiro. O profissional do SBT entrou e saiu da casa do político sem falar com a imprensa, que aguardava na portaria do condomínio.

Segundo Major Olímpio, eleito senador pelo PSL em São Paulo, o apresentador e Bolsonaro são amigos de longa data. Ele classificou como uma visita social, em que Ratinho aproveitou para manifestar apoio de forma presencial. Nas redes sociais, ele já havia se posicionado favoravelmente à candidatura do pesselista.

Já Ratinho Júnior aproveitou a ocasião para buscar uma aproximação com o possível próximo presidente da República. Na versão de Olímpio, o novo governador do Paraná quer apoio federal na área da segurança pública, o que demandaria a participação das Forças Armadas. Um dos pontos de preocupação seria a fronteira com o Paraguai.

"Ele [Ratinho Júnior] veio se colocar à disposição, como futuro governador do Paraná, e falar da prioridade dele de segurança na fronteira. Pedir o apoio do futuro presidente com as forças federais para dar um apoio junto à fronteira com o Paraguai", disse Major Olímpio.

Bolsonaro também recebeu em casa, na Barra da Tijuca, na zona oeste carioca, os senadores senadores chilenos Jose Durana e Jacqueline van Rysselberghe, ambos da UDI (União Democrata Independente), base de sustentação do governo do presidente Sebastián Piñera.

A dupla chegou acompanhada do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM), coordenador político da campanha, e do senador Magno Malta (PR-ES). 

O presidenciável tem buscado uma aproximação com a comunidade internacional, sobretudo no sentido de amenizar o impacto de críticas e reportagens negativas publicadas por jornais estrangeiros. O político tem feito postagens em inglês e até italiano nas suas redes sociais e também agendado entrevistas a jornalistas de outros países.

Intermediador do encontro com os senadores chilenos, Lorenzoni afirmou que Bolsonaro agradeceu ao apoio dos parlamentares do país vizinho e prometeu que, se eleito, "fará todos os esforços para viajar ao Chile antes da posse".

O coordenador político da campanha do PSL não confirmou, no entanto, se o Chile seria a primeira viagem internacional caso Bolsonaro se eleja. Também se esquivou quando questionado se Bolsonaro cogita nomes para o Itamaraty.

"Eu sempre disse ao capitão que cargos e postos não são importantes. São instrumentos da sociedade para poder transformar o Brasil. Não é importante quem é isso e quem é aquilo."

Lorenzoni preferiu afastar o clima de "já ganhou" e saiu pela tangente ao comentar a declaração de Bolsonaro, que, após visita à Polícia Federal no Rio, na manhã desta quarta, afirmou estar "com uma mão na faixa".

"Primeiro dizer que nós não ganhamos nada. Nós trabalhamos toda a campanha com princípios, valores e com a verdade. E com muita humildade. Todo dia a equipe de coordenação coloca o joelho no chão e pede proteção e orientação a Deus."

Na visão dele, por questão de coerência, não seria correto eleitores e apoiadores da campanha do presidenciável endossar o resultado de pesquisas eleitorais. "Assim como tínhamos críticas nas primeiras pesquisas, não será agora que vamos comemorar."

Estamos com uma mão na faixa, diz Bolsonaro

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