Bolsonaro chama Haddad de "canalha" e "vagabundo"

Mirthyani Bezerra

Do UOL, em São Paulo

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O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, chamou o seu adversário, Fernando Haddad (PT), de "canalha" e "vagabundo" durante transmissão ao vivo feita na página do Facebook do peesselista na noite desta quinta-feira (18). Bolsonaro xingou o petista ao elencar o que ele classificou como "as fake news do Haddad" contra ele. Ele vestia o mesmo tipo de camisa de quando foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG), em setembro. 

"[Haddad fica] dizendo que eu vou acabar com o Ministério da Educação, baseado em quer eu vou acabar com o Ministério da Educação? Eles publicam isso, bota aí nas televisões, bota na rede WhatsApp e daí eu tenho que me explicar? Isso é coisa de canalha. Só um canalha para fazer isso, um vagabundo, canalha", disse em transmissão feita ao lado do filho, Flavio Bolsonaro (PSL).

A subida de tom do ex-capitão vem ao mesmo tempo em que sua campanha é acusada de usar ilegalmente o WhatsApp. O PT entrou com uma ação contra Jair Bolsonaro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, após publicação de reportagem da Folha de S.Paulo sobre empresas envolvidas em um suposto esquema ilegal de propagandas contra o PT por meio do uso do WhatsApp.

Bolsonaro chamou Haddad de "canalha" ao menos sete vezes durante a transmissão, que durou 20 minutos. Disse que eram mentiras as informações de que ele quer liberar a caça no Brasil, proibir videogames para crianças e que implementaria o ensino à distância para crianças.

"O ensino à distância que eu estudei é para as comunidades rurais (...). A preocupação deles é grande porque existem 2.000 escolas rurais do MST. São 200 mil alunos ditos sem-terrinhas, onde não canta o hino nacional, canta a internacional socialista ou a canção do MST (...). Se eu chegar lá vamos atacar, queremos salvar essa garotada", disse.

"Me acusam de estar fomentando isso [disparos no aplicativo] junto a empresários. Nós não temos necessidade disso", disse o presidenciável.

Bolsonaro rebateu Haddad sobre a informação dada pelo petista de que ele teria se reunido em jantares com empresários para pedir apoio no impulsionamento de conteúdo via WhatsApp. "Deixo bem claro, desde o dia 6 de setembro estou fora de combate, foram 23 dias dentro do hospital, Tô aqui agora em casa. Não fiz jantar, nem almoço com ninguém, dei apenas cinco saídas", justificou.

Ele também atacou a Folha de S.Paulo, afirmando que o jornal está "jogando no time do Haddad".

"Nós não precisamos de fake news para combater o Haddad, as verdades são mais do que suficientes. Afinal de contas, todos vocês se lembram de 13 anos do PT, ai sim caixa dois, corrupção generalizada, assalto à estatais, quebra de fundos de pensão, doação de dinheiro do BNDES para ditaduras", disse.

Em vídeo da campanha, candidato acusa Haddad de "fake"

"Não é rinite", diz Bolsonaro sobre debate

Bolsonaro também comentou que foi liberado, com restrição, pelos médios para participar dos debates televisivos do segundo turno. Não confirmou nem negou que participará dos debates.

"Me disseram, olha deputado nós não recomendamos que o senhor faça um esforço prolongado, se fizer pode ter um problema. Eu estou com a bolsa aqui do lado, para não ter dúvida. Vocês sabem o que tem aqui, né?", disse mostrando a bolsa de colostomia.

Ele atacou Haddad dizendo que o que teve não é "rinite". "Por causa de rinite ele pegou sete dias de dispensa quando era prefeito de São Paulo", disse.

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