PF indicia mulher por divulgar conteúdo eleitoral falso em redes sociais
Luciana Amaral
Do UOL, em Brasília
A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (19) uma mulher por crimes eleitorais após ela ter divulgado conteúdo falso referente às eleições nas redes sociais.
No vídeo, informou a Polícia Federal, a educadora física relatava o envio de urnas eletrônicas supostamente fraudadas para o Nordeste do país e responsabilizava o governo federal por fraude.
O inquérito foi instaurado pela PF no Rio Grande do Sul nesta quinta (18) por requisição do Tribunal Regional Eleitoral do estado. Ela foi indiciada por "divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado" e "caluniar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como crime".
Os artigos constam no Código Eleitoral e têm pena de três anos de detenção. No entanto, a pena pode ser aumentada em um terço por causa utilização das redes sociais para a propagação do conteúdo inverídico.
O indiciamento ocorre um dia depois de publicação de reportagem do jornal Folha de S.Paulo apontar que empresas cujos donos são simpáticos à candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) compraram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp. A iniciativa pode configurar crime eleitoral.
A coordenadora jurídica da campanha de Bolsonaro, Karina Kufa, negou conhecer quaisquer irregularidades e informou que notificará as empresas para que se expliquem acerca da denúncia. O PT entrou com ação no TSE contra Bolsonaro por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.
Para combater as fake news, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, recomendou que os eleitores verifiquem a origem do texto, levantem informações em sites de busca, chequem as notícias da mídia tradicional e jamais compartilhem mensagens que não tenham certeza de sua veracidade.
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